13 novembro 2010

Estudo rejeita ligação entre droga contra acne e suicídio

Fonte: BBC Brasil

As pessoas tratadas por acne severa devem ter sua saúde mental monitorada de perto, segundo um estudo do Instituto Karolinska, da Suécia.


No entanto, a pesquisa revelou que a isotretinoína, droga popular que combate a acne e que no Brasil é vendida principalmente com o nome Roacutan, não aumenta os riscos de suicídio, apesar de indícios anteriores.

O estudo, feito com 5.700 pessoas entre 1980 e 2001, foi publicado no Jornal Médico Britânico.

A isotretinoína (também conhecida como Roacutan, Accutan, Amnesteem, Claravis, Clarus e Decutan) tem sido prescrita desde 1980 nos casos em que o uso de antibiótico não se mostra efetivo no combate à acne severa.

Depressão

Mas há relatos que ligam o uso da droga à depressão e ao comportamento suicida.

Por isso o pesquisador Anders Sundstrom e a sua equipe estudaram tentativas de suicídio antes, durante e depois do tratamento com essa droga.

Eles descobriram que 128 dos 5.700 pacientes investigados que estavam ingerindo a droga foram internados por tentativa de suicídio.

O risco de suicídio era maior entre os que haviam terminado o tratamento em até seis meses. Segundo os pesquisadores, isso se devia ao fato de que os pacientes cuja acne melhorara com o tratamento se sentiam frustrados por não notarem avanços em suas vidas sociais, e não a efeitos do tratamento.

Ainda assim, eles relatam que a tentativa de suicídio era um evento raro – os dados mostram que apenas uma em cada 2.300 pessoas que ingeriram a droga tentaram se matar pela primeira vez após iniciarem o tratamento.

Segundo Sundstrom, os efeitos da acne são um fator mais importante para tentativas de suicídio que o uso da isotretinoína. “Não estamos certos de que a droga acrescente algum risco”, disse.

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