01 maio 2011

Remédio para colesterol mais barato

Fonte: Diário da Saúde

O colesterol é importante para o bom funcionamento do corpo, mas quando está elevado pode prejudicar a saúde. O excesso de peso é um fator que influencia na regulação dessa gordura. Segundo dados do Ministério da Saúde, 46,6% da população está com excesso de peso, enquanto o percentual de obesos é de 13,9%.

A taxa de pessoas com colesterol desregulado aumentou de 18% para 25,4% entre os anos de 2004 e 2008. De acordo com o Ministério da Saúde, entre os homens o aumento foi de 21,8% para 26,4%, enquanto no público feminino o salto foi de 14,4% para 23,7% no mesmo período.

O controle do colesterol é feito através de dieta específica, atividades físicas orientadas e uso de medicamentos. Em 2009 estima-se que o gasto com medicamentos para controle do problema foi de U$13 bilhões.

Visando baratear o custo do tratamento, pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) desenvolveram uma rota de síntese inédita para a atorvastatina, princípio ativo dos medicamentos para colesterol.

Realizada no laboratório do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a pesquisa vai possibilitar a fabricação de medicamentos genéricos, diminuindo custos para o governo brasileiro, já que tais medicamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Luis Dias, autor da pesquisa, a descoberta vai permitir a produção em larga escala, facilitando o acesso da população aos medicamentos. “Desenvolver este setor no Brasil significa desenvolvimento científico e tecnológico de vanguarda, já que o setor farmoquímico é um ambiente de inovação constante e de alta tecnologia", diz

Jejum pode fazer bem à saúde

Fonte: ScienceDaily

Sempre que se fala em jejum as pessoas pensam em religião, dieta ou manifestações políticas. Mas ficar sem comer pode trazer benefícios à saúde, em especial do coração, dizem pesquisadores do Centro Médico Intermountain, em Utah, Estados Unidos.

Segundo os especialistas, o jejum reduz os riscos de doença arterial coronariana (caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos em decorrência do espessamento das artérias) e diabetes, além de fazer mudanças significativas no nível de colesterol sanguíneo.

O efeito que o jejum tem sobre a saúde já vem sendo estudado há anos, e pesquisas anteriores mostram que ele realmente tem efeito benéfico na redução no risco da doença cardíaca, que é a principal causa de morte entre homens e mulheres dos Estados Unidos.

A nova pesquisa registrou as reações biológicas do organismo durante o período de jejum. Os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C, o "mau" colesterol) e de alta densidade (HDL-C, o "bom" colesterol) aumentaram significativamente: 14% e 6%, respectivamente. Isso elevou a taxa de colesterol total, o que pegou os pesquisadores de surpresa.

"O jejum provoca fome ou estresse. Em resposta, o organismo libera mais colesterol, permitindo utilizar a gordura como fonte de combustível em vez de glicose. Isso diminui o número de células de gordura no corpo", explica Benjamin Horne, diretor de Epidemiologia e Genética Cardiovascular na Faculdade de Medicina Intermountain e principal autor da pesquisa. "Isso é importante porque quanto menos células de gordura no organismo, menor a probabilidade de resistência à insulina, ou diabetes", completa.

Os resultados da pesquisa foram apresentados em 03 de abril, nas sessões científicas anuais do Colégio Americano de Cardiologia, em Nova Orleans.