28 agosto 2011

Congressos Médicos 2011

18º Simpósio Internacional de Neonatologia
Data: De 17 a 19 de Março de 2011
Local: Maksoud Plaza , São Paulo - SP
Site: http://www.meetingeventos.com.br/siteV3/neoxviii/menu/menu.aspx?language=pt-BR
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9º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia
Data: 17 a 20 de Abril de 2011
Local: Ouro preto - MG
Site: http://www.cobrapem2011.com.br/
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IX Jornada de Obstetrícia e Ginecologia do Vale do Paraíba
Data: 02 a 04 de Junho de 2011
Local: Orotour Garden Hotel, Campos do Jordão
Site: http://www.cenacon.com.br/eventos/2011/go/index.php?conteudo=257
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45º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
Data: 16 a 19 de Agosto de 2011
Local: CentroSul - Centro de Convenções de Florianópolis
Site: http://www.cbpcml.org.br/2011/
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LVII Congresso Brasileiro de Genética
Data: De 30 de Agosto a 02 de Setembro de 2011
Local: Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort - Águas de Lindóia - SP
Site: http://www.sbg.org.br/57CBG/novo/index.html
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I Congresso Piauiense de Saúde Pública
Data: De 31 de Agosto a 03 de Setembro de 2011
Local: Campus Ministro Reis Velloso - Parnaíba - PI
Site: https://sites.google.com/site/saudepublicapiauiense
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XIV Congresso de Clínica Médica do Estado de Goiás
Data: De 01 a 03 de Setembro de 2011
Local: Cremego-GO, Goiânia - GO
Site:http://www.clinicamedica2011.com.br
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IX Jornada Sul de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Data: De 02 a 03 de Setembro de 2011
Local: Expo Unimed Curitiba, Curitiba - PR
Site: http://www.radiologiasul2011.com.br
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XXIII Congresso Brasileiro de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Data: De 03 a 06 de Setembro de 2011
Local: Mendes Convention Center - Santos - SP
Site: http://www.ccp2011.com.br
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66º Congresso Brasileiro de Dermatologia
Data: 3 a 6 de Setembro de 2011
Local: Florianópolis - SC
Site: http://www.sbd.org.br/floripa2011/
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XXXVI Congresso Brasileiro de Oftalmologia
Data: De 05 a 08 de Setembro de 2011
Local: Porto Alegre - RS
Site: http://www.mediconerd.com/2011/06/xxxvi-congresso-brasileiro-de.html
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3° Curso de Imunologia
Data: 10 de Setembro de 2011
Local: Maksoud Plaza - São Paulo - SP
Email: reumatologiasp@reumatologiasp.com.br
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XVI Congresso Paulista de Nefrologia
Data: De 14 a 17 de Setembro de 2011
Local: Atibaia , SP
Site: http://www.gt5.com.br/nefrologia/
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III Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência
Data: 14 a 17 de Setembro de 2011
Local: São Paulo - SP
Site: http://www.abramede.com.br/congresso/
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XXIII ECAM / II COGEM
Data: De 15 a 17 de Setembro de 2011
Local: Goiânia - GO
Site: http://www.ecamcogem.com.br/
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45ª JOPA - Jornada Paulista de Anestesiologia
Data: De 16 a 18 de Setembro de 2011
Local: Campos do Jordão Convention Center - Campos do Jordão - SP
Site: http://www.saesp.org.br/materias.php?cd_secao=34&codant=
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IX ONCOCESP - Encontro de Oncologia do Centro-Oeste Paulista
Data: De 16 a 17 de Setembro de 2011
Local: Teatro UNIP em São José do Rio Preto - SP
Site: http://www.cenacon.com.br
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66º Congresso Brasileiro de Cardiologia
Data: De 16 a 19 de Setembro de 2011
Local: Centro de Convenções Fiergs - Porto Alegre - RS
Site: http://congresso.cardiol.br/66/
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XV Congresso Mundial de Psiquiatria
Data: De 18 a 22 de Setembro de 2011
Local: Hotel Sheraton Convention Center - Buenos Aires/Argentina
Site: http://www.lionstours.com/psiquiatria.html
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XIII Congresso Mineiro de Neurologia
Data: De 22 a 24 de Setembro de 2011
Local: Poços de Caldas - MG
Site: http://www.congressoneurologia.com.br
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XXI Congresso Brasileiro de Hepatologia
Data: De 27 de Setembro a 01 de Outubro de 2011
Local: Pestana Bahia Hotel - Salvador - BA
Site: http://www.hepatologia2011.com.br
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Encontro Gaúcho de Endocrinologia - XVI Encontro Gaúcho de Diabetes
Data: De 30 de Setembro a 02 de Outubro de 2011
Local: Hotel Sheraton - Porto Alegre - RS
Site: http://www.ccmeventos.com.br/endors
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XXV Congresso Brasileiro de Neurologia
Data: De 03 a 06 de Outubro de 2011
Local: Centro de Convenções - Goiânia - GO
Site: http://www.wincentraldeeventos.com.br/new/eventos.php
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35º Congresso Brasileiro de Pediatria / 8º Congresso Brasileiro de Reumatologia Pediátrica / 13º Congresso Brasileiro de Pneumologia Pediátrica
Data: 08 a 12 de Outubro de 2011
Local: Centro de Convenções da Bahia - Salvador - BA
Site: http://www.cbpediatria2011.com.br/ / http://www.pneumoped2011.com.br/ / http://www.reumatoped2011.com.br/
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39º Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular
Data: 11 a 15 de Outubro 2011
Local: Anhembi - São Paulo - SP
Site: http://www.meetingeventos.com.br/siteV3/brvasc/menu/menu.aspx?language=pt-BR
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XXI Congresso Goiano de Cardiologia
Data: De 13 a 15 de Outubro de 2011
Local: Castro's Park Hotel - Goiânia - GO
Site: http://sociedades.cardiol.br/go/congresso2011/
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XVI Congresso Brasileiro de Mastologia
Data: De 19 a 22 de Outubro de 2011
Local: Centro de Convenções - Goiânia - GO
Site: http://www.sbmgoias.com.br/mastologia2011
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XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes
Data: De 19 a 22 de Outubro de 2011
Local: SDC - Setor de Divulgação Cultural - Eixo Monumental - Brasília - DF
Site: http://www.diabetes2011.com.br
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IV Congresso Tocantinense de Cardiologia
Data: De 20 a 22 de Outubro de 2011
Local: Araguaína - TO
Site: http://educacao.cardiol.br/tec/visualizar_evento.asp?codevento=7034
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IV Congresso Sul Brasileiro de Nefrologia
Data: De 21 a 23 de Outubro de 2011
Local: Associação Médica do Paraná - Curitiba - PR
Site: http://www.afbfloripa2011.com.br/congressos/nefrologia/nefrologia.htm
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XXII Encontro Nacional de Virologia
Data: De 23 a 26 de Outubro de 2011
Local: Rodovia Dom Pedro 1, KM 86 - Atibaia - SP
Site: http://www.sbv.org.br/web2/enc_nac_virologia2011/index.html
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11º Congresso Brasileiro de Clínica Médica
Data: 26 a 29 de Outubro de 2011
Local: Expo Unimed – Campus da Universidade Positivo - Curitiba - PR
Site: http://www.congressosbcm2011.com.br/
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XVII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica
Data: De 26 a 29 de Outubro de 2011
Local: Centro de Feiras e Eventos Serra Park - Gramado - RS
Site: http://www.sboc2011.com.br/
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III Jornada Acadêmica de Medicina Legal
Data: De 28 e 29 de Outubro de 2011
Local: Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG
Site: http://www.jamel.med.br/
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XXIX Congresso Brasileiro de Psiquiatria
Data: 2 a 5 de Novembro de 2011
Local: Riocentro - Rio de Janeiro - RJ
Site: http://www.cbpabp.org.br/
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58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Data: 10 a 14 de Novembro de 2011
Local: Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza-CE
Site: http://www.cba2011.com.br/
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XIII Congresso Brasileiro do Sono
Data: De 12 a 15 de Novembro de 2011
Local: Belo Horizonte - MG
Site: http://2010.interevent.com.br/sistema/__hotsite/index.php?cod_eventos=14&cod_conteudos=61
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54º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia
Data: De 12 a 15 de Novembro de 2011
Local: Expotrade Convention Center - Pinhais - PR
Site: http://www.febrasgo.org.br/54cbgo/
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43º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
Data: 13 a 15 de Novembro de 2011
Local: EXPO Transamérica Curitiba - São Paulo - SP
Site: http://www.meetingeventos.com.br/siteV3/sbotspii/menu/menu.aspx?language=pt-BR
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X Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Data: 20 a 24 de Novembro de 2011
Local: Centro de Eventos FIERGS, Porto Alegre - RS
Site: http://www.sbad.org.br/
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XXXIII Congresso Brasileiro de Urologia
Data: 22 a 26 de Novembro 2011
Local: Centro de Convenções de Florianópolis - SC
Site: http://www.sbu2011.com.br/

27 agosto 2011

Faltam médicos generalistas no programa Saúde da Família

Fonte: Agência Brasil

Apenas 5% das 32 mil equipes do programa Saúde da Família têm um médico especializado em medicina de família e comunidade, segundo constataram médicos espanhóis especializados em atenção primária à saúde (APS). Eles avaliaram o programa brasileiro entre abril e junho deste ano.

O levantamento, feito em centros de saúde pública de zonas urbanas e rurais de 19 estados brasileiros, a pedido da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), mostra que as equipes do Saúde da Família precisarão se readequar para seguir as diretrizes do Ministério da Saúde.

Portaria publicada ontem (25) pelo Ministério da Saúde, no Diário Oficial da União, determina que todas as equipes do Saúde da Família “deverão ter responsabilidade sanitária por um território de referência, de modo que cada usuário seja acompanhando por um agente comunitário de saúde, um auxiliar ou técnico de enfermagem, um enfermeiro e um médico generalista ou de família”.

Diretor da SBMFC, o médico Thiago Trindade disse que a falta de médicos de família, conhecidos também como generalistas, pode prejudicar objetivos importantes do programa e produzir outros gastos em saúde. “O programa pretende prestar atenção integral, que inclui ações de prevenção e assistência à população. Como não tem o médico generalista, essa população, acaba indo direto procurar outros serviços ou fica completamente desassistida mesmo.”

Ainda de segundo o levantamento, em regiões metropolitanas como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre menos de 30% da população é coberta pelo Saúde da Família. “O Saúde da Família está mais presente nas cidades de pequeno e médio porte. As de grande porte têm maior dificuldade para conseguir profissionais”, assinalou Trindade.

Ele defende ainda uma política de incentivo à formação e manutenção dos profissionais no atendimento generalizado. Segundo ele, o número de alunos de medicina que optam pela especialidade vem caindo e é cada vez menor a permanência dos formados na atividade.

Apesar de constatar alguns problemas, o levantamento conclui que o programa é um modelo de sucesso na atenção básica no Brasil. “É o modelo que melhor mostrou resultado na atenção primária. Como um modelo de sucesso, precisa ser aprimorado para prestar um cuidado de excelência”, destacou Trindade.

Procurado, o Ministério da Saúde não quis se manifestar sobre o levantamento.

26 agosto 2011

Recém-formado poderá ter bônus para residência

Fonte: O Estado de São Paulo

Matéria sugerida pelo usuário: @marcelomed76

Médico trabalharia até 2 anos em cidades carentes, no Programa Saúde da Família, e teria vantagem ao prestar exame de residência

Além de querer expandir vagas para a formação básica em medicina, o plano nacional de educação médica, que está sendo finalizado pelo governo federal, prevê também a distribuição mais criteriosa das vagas de residência, que formam especialistas.

Segundo Milton de Arruda Martins, do Ministério da Saúde, um levantamento do Observatório de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde de São Paulo apontou que 82% dos médicos permanecem trabalhando no Estado onde fizeram residência.

"A gente quer garantir as vagas de residência médica de forma que as especialidades sejam distribuídas de acordo com a necessidade de cada Estado", diz.

O governo também quer encontrar formas de manter os médicos nos Estados que mais precisam. Uma das ideias em análise é a proposta do serviço civil, que oferece incentivos financeiros para manter o profissional recém-formado em áreas remotas.

Voluntariamente. A ideia do governo é que, de forma voluntária, o médico recém-formado tenha acesso à lista de cidades mais distantes, onde há carência de profissionais, e passe a integrar o Programa Saúde da Família (PSF) por até dois anos.

"Não existe solução única. Ele receberia salário de médico da família (que gira em torno de R$ 9 mil) e poderá ter um bônus de 10% ou 20% como forma de vantagem quando ele prestar o exame de residência", diz Martins, reforçando que o assunto ainda precisa ser mais discutido com a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

"A gente vai oferecer condições para atrair os médicos para o Programa Saúde da Família. Em vez de ele se preparar para o concurso de residência, ele se habilitaria para atender a população. E isso, no futuro, contaria pontos para a prova de residência", diz Jatene.

Coerção. O Conselho Federal de Medicina (CFM) refuta a proposta de beneficiar na prova de residência os médicos que participem do programa. "A medida não configura voluntariedade e também é uma forma de coerção", avalia Carlos Vital.

"É um desrespeito ao egresso remetê-lo a áreas longínquas e sem condições de trabalho, e também à população do local, que será servida por profissionais recém-formados, tensos e ansiosos pelas condições de trabalho e pela pouca experiência. Não é justo com o médico nem com a população", diz Vital.

Antonio Carlos Lopes, médico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-secretário executivo da CNRM, tem posição semelhante. "Dessa forma, o mérito é jogado fora. Quem participa do Programa Saúde da Família é médico iniciante que quer juntar dinheiro e profissional em fim de carreira", diz. "É ruim para a população, porque os recém-formados são médicos, mas não são especialistas."

A atual secretária executiva da CNMR, Maria do Patrocínio Tenório Nunes, disse que prefere ter conhecimento do plano para opinar.

Edital - Residência Médica UFES

Sugestão do usuário: @marcelomed76

Concurso para Seleção de Candidatos à Residência Médica 2012 - UFES

Cargos
1. ESPECIALIDADES BÁSICAS E DE INGRESSO DIRETO

Anestesiologia - 3 vagas*
Cirurgia Geral - 8 vagas*
Clínica Médica - 11 vagas*
Dermatologia - 2 vagas
Infectologia - 2 vagas
Obstetrícia e Ginecologia - 5 vagas
Oftalmologia - 3 vagas
Patologia - 1 vaga
Pediatria - 4 vagas
Radiologia e Diagnóstico por Imagem - 4 vagas


(*) 1 vaga de Anestesiologia, 2 de Cirurgia Geral e 1 de Clínica Médica, já estão ocupadas por candidatos já aprovados e matriculados no ano anterior que foram convocados para o Serviço Militar obrigatório.

2. PRÉ-REQUISITO: ANESTESIOLOGIA

Medicina Intensiva - 2 vagas

2. PRÉ-REQUISITO: CIRURGIA GERAL

Cirurgia do Aparelho Digestivo - 2 vagas
Cirurgia Vascular - 2 vagas
Mastologia - 2 vagas*
Medicina Intensiva - 2 vagas
Urologia - 2 vagas

2. PRÉ-REQUISITO: CLÍNICA MÉDICA

Cardiologia - 2 vagas**
Gastroenterologia - 2 vagas
Medicina Intensiva - 2 vagas
Nefrologia - 2 vagas
Reumatologia - 2 vagas

(*) Aguardando parecer da CNRM de pedido de Recredenciamento.
(**) Aguardando parecer da CNRM de pedido de Credenciamento.


2. PRÉ-REQUISITO: OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA

Mastologia - 2 vagas*
Ultra-sonografia em Obstetrícia e Ginecologia - 4º ano opcional - 2 vagas

3. 3º ANO OPCIONAL - PRÉ-REQUISITO: GASTROENTEROLOGIA

Hepatologia - 1 vaga

3. 3º ANO OPCIONAL - PRÉ-REQUISITO: PEDIATRIA

Neonatologia - 3 vagas*

(*) Aguardando parecer da CNRM de pedido de extensão para 02 anos.

3. 3º ANO OPCIONAL - PRÉ-REQUISITO: CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO

Transplante de Fígado - 1 vaga
Total de vagas
68 vagas
Inscrições
Taxa: R$ 250,00

Período: As inscrições serão realizadas no período de 12 a 29 de setembro de 2011, exclusivamente pela Internet, neste portal eletrônico:
http://www.ccs.ufes.br/residenciamedica.

Pagamento: via boleto bancário emitido após o preenchimento da ficha de inscrição, pagável preferencialmente em qualquer agência do Banco do Brasil até 11 de outubro de 2011.

O comprovante de inscrição será divulgado neste site, a partir do dia 17 de outubro de 2011 (segunda-feira). A obtenção e impressão desse documento são de responsabilidade exclusiva do candidato.

Provas

As provas serão aplicadas em duas etapas.
- 1ª Etapa: Provas Objetivas que serão aplicadas na cidade de Vitória – Capital do Estado do Espírito Santo, na data prevista de 07 de novembro de 2011 (segunda-feira) às 08h00min (horário oficial de Brasília-DF) para todas as especialidades, em locais a serem definidos pela CECCSRM e divulgados até o dia 01 de
novembro de 2011 (terça-feira), neste site.
- 2ª Etapa: Será constituída de prova prática com peso 40 % (quarenta por cento) da nota total e da análise de curriculum vitae com peso de 10% (dez por cento) da nota total. Serão selecionados para a segunda fase os candidatos classificados na primeira fase, em 03 (três) vezes o número de vagas disponíveis em cada programa.
O curriculum vitae deverá ser entregue na data da prova prática, durante a execução da mesma.
A Prova Prática será aplicada:
a) Dia 05/12/2011, às 08h00min para os PRMs em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Urologia, Cirurgia Vascular, Mastologia, Medicina Intensiva, Gastroenterologia, Reumatologia, Cardiologia, Nefrologia, R3 em Hepatologia, R3 em Neonatologia. R4 em Ultra-sonografia em Obstetrícia e Ginecologia e R3 em Transplante de Fígado.
b) Dia 06/12/2011, às 08h00min horas para os PRMs de ingresso direto.

Excesso de sal pode causar danos à visão

Fonte: LDC Comunicação

Pesquisas mostram que a população brasileira consome muito mais sal do que a quantidade recomendada pela Organização mundial de saúde (5 gramas por dia para crianças e idosos e 6 gramas para adolescentes e adultos). Esse fator (dentre outros como a falta de informação e envelhecimento) contribui para o aumento de casos de hipertensão arterial – doença que já atinge 57 milhões de pessoas no país.

O que poucas pessoas sabem é que, dependendo do quadro da doença, a hipertensão pode prejudicar os vasos e artérias da retina. Essa estrutura é a membrana do olho onde as imagens são formadas, e os danos causados a ela podem levar à cegueira. As mudanças vasculares que podem causar a perda da visão são: arteriosclerose (enrijecimento e estreitamento de vasos e artérias), isquemia (interrupção da circulação do sangue até a retina e formação de neovasos), hemorragia (devido ao afinamento dos vasos e artérias) e edema do disco óptico (devido à formação de depósitos, estreitamento de artérias e dilatação de veias).

O principal problema é que como a hipertensão arterial é assintomática, a maioria das pessoas não sabe que são portadoras e somente procuram o oftalmologista quando a retina já está danificada. “O olho é a porta de entrada para prevenir os danos da hipertensão porque é a única parte do corpo que permite visualizar seus efeitos”, explica Leôncio Queiroz Neto, oftalmologista do Instituto Penido Burnier. Existe um exame de fundo de olho, a fundoscopia, que é capaz de diagnosticar os danos causados aos olhos ainda no estágio inicial da condição.

O melhor combate a qualquer doença é sempre a prevenção. Para evitar a hipertensão arterial e as complicações que surgem a partir dela, é extremamente importante que as pessoas estejam atentas às quantidades de sal ingeridas e outros comportamentos. O consumo de álcool e cigarros devem ser evitados, o indivíduo deve praticar atividades físicas regularmente e incluir ômega 3 em sua alimentação, substância que auxilia a circulação do sangue na retina.

Cientistas testam com sucesso método de impedir transmissão de dengue

Fonte: BBC Brasil

Cientistas australianos dizem ter testado com sucesso uma maneira eficiente e barata de impedir a transmissão do vírus da dengue, que mata mais de 12 mil e afeta mais de 50 milhões de pessoas por ano ao redor do mundo.

A pesquisa publicada na revista científica Nature revelou que, após uma série de testes em laboratório, foi descoberto que a bactéria Wolbachia - que ataca apenas insetos - consegue bloquear a capacidade dos mosquitos Aedes Aegypti de transmitir a dengue.

Os cientistas soltaram, então, 300 mil mosquitos adultos infectados com a bactéria em duas áreas relativamente remotas da Austrália ao longo de um período de cerca de dez semanas.

Pouco mais de um mês depois, quase todos os Aedes aegypti selvagens testados haviam sido infectados com a bactéria, ficando, portanto, incapazes de espalhar a doença.

Novos testes

O professor Scott O'Neill, da Universidade de Monash, um dos autores do estudo, diz estar otimista sobre o método.

"Este é o primeiro caso em que populações de insetos selvagens foram transformadas para reduzir sua habilidade de agir como vetores de doenças humanas", escreveram os cientistas.

Eles disseram que um elemento fundamental para o sucesso do teste foi convencer a população local de que soltar mais mosquitos na região era uma boa ideia.

Agora, os pesquisadores planejam fazer testes mais amplos nos próximos dois a três anos em países onde a dengue é endêmica, como Tailândia, Vietnã, Indonésia e Brasil.

Se os testes também forem bem-sucedidos, o método poderá começar a ser implementado como mecanismo de controle da doença em seguida, de acordo com O'Neill.

21 agosto 2011

Médica defende casa com cartaz e seringas 'infectadas' com HIV

Fonte: Folha.com

Vítima de dois furtos nas últimas semanas, uma médica de Brasília chocou os vizinhos ao pregar no portão cartaz com os dizeres "muro com sangue HIV +, não pule", acompanhado de manchas cor de sangue e seringas amarradas ao muro com as pontas viradas para cima.


Sérgio Lima/Folhapress
Cartaz com a informação "Muro com sangue HIV +, não pule" permanece na casa; seringas foram retiradas
Cartaz com a informação "Muro com sangue HIV +, não pule" permanece na casa; seringas foram retiradas

A reportagem esteve na casa da médica neste domingo, mas não conseguiu localizá-la. O cartaz e as manchas permaneciam no muro, mas as seringas foram retiradas após visita da vigilância sanitária e a veiculação de reportagem no "DFTV", da "Rede Globo".

A casa fica dentro do condomínio RK, em Sobradinho, cidade-satélite de Brasília.

"Não é admissível uma médica tomar uma atitude assim [...] Como se sente o portador de HIV vendo sua situação ser tratada como motivo de repúdio?", disse a síndica do local, Vera Barbieri. Ela diz acreditar que a médica retirou seringas para evitar problema profissional.

A casa da médica foi alvo de dois pequenos furtos, diz Barbieri. Há dez dias, um cortador de grama foi roubado, mas recuperado na sequência pela segurança do condomínio. Depois do incidente, uma TV foi levada.

A síndica admite que são registrados pequenos furtos, mas diz que as ocorrências são "pouquíssimas para o tamanho do condomínio".

20 agosto 2011

Médicos terão regras do CFM para uso de redes sociais

Fonte: G1

O Conselho Federal de Medicina (CFM) vai atualizar as regras para publicidade de médicos e estabelecimentos de saúde no Brasil, por meio de uma nova resolução a ser divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Diário Oficial da União (DOU). As novas normas abordam também o uso de redes sociais, como Twitter e Facebook, e deverão ser respeitadas a partir de 180 dias após a publicação do documento (nº 1.974/2011).

O texto vai acrescentar à resolução anterior, publicada em 2003, detalhes sobre a elaboração de anúncios e do relacionamento dos médicos com a imprensa e a sociedade. Uma das mudanças é a proibição de consulta por telefone e internet, uma medida que busca garantir o atendimento pessoal a pacientes.

Segundo a resolução, médicos não poderão divulgar endereço e telefone de consultórios, clínicas ou serviços por redes sociais.

Outras mudanças

Os títulos de pós-graduação deverão ser mencionados pelo profissional somente se tiverem relação com a área de atuação do profissional. Para o CFM, o objetivo é evitar que pacientes sejam levados a crer que o médico está habilitado a atuar em outra especialidade. O médico poderá citar cursos e outras ações de capacitação, desde que estejam ligadas à área em que atua.

Técnicas exclusivas e uso de aparelhos não poderão mais ser destacados como vantagens de um médico, assim como títulos como "médico do ano" ou "profissional de destaque", por terem apenas caráter promocional.

O documento também afirma que sindicatos, sociedades e instituições precisam respeitar as novas regras. Após o prazo de seis meses, as normas para publicidade deverão ser identificadas em atestados, fichas de pacientes, boletins médicos, receituários, termos e solicitações, sejam eles emitidos pelo sistema público de saúde ou pelo privado.

Com as novas normas, entidades sindicais e sociedades médicas ficam proibidas de participar de anúncios de empresas e produtos como medicamentos, aparelhos e próteses.

O relator da nova resolução Emmanuel Fortes afirmou, em nota, que ela vai valorizar o profissional de saúde e oferecer mais segurança nos serviços médicos oferecidos à população. Detalhes sobre as normas estarão disponíveis no DOU e no site do CFM (www.portalmedico.org.br) a partir desta sexta-feira (19).

Nem todos os obesos precisam emagrecer, conclui estudo canadense

FONTE: G1

Pesquisadora diz que pessoas gordas podem viver tanto quanto magras. Universidade de York analisou 6 mil americanos obesos por 16 anos.

Indivíduos obesos podem viver tanto quanto os magros e ser menos propensos de morrer de doenças cardiovasculares, conclui um estudo da Universidade de York, em Toronto, Canadá.

A pesquisa, publicada na edição desta semana da revista científica Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, analisou 6 mil americanos obesos durante 16 anos, comparando o risco de mortalidade deles com o de pessoas dentro do peso.

Segundo a autora Jennifer Kuk, professora assistente da Faculdade de Cinesiologia (área que estuda o movimento) e Ciências da Saúde de York, a descoberta desafia a ideia de que todos os obesos precisam emagrecer.

Na visão da pesquisadora e equipe, tentar perder peso – e falhar – pode ser ainda mais prejudicial do que ficar em um patamar elevado e manter um estilo de vida saudável, com exercícios físicos e dieta balanceada, que inclua frutas e verduras.

O levantamento revelou também que pessoas obesas que não tinham (ou tinham leves) prejuízos físicos, psicológicos e fisiológicos apresentavam um maior peso corporal ao chegar à idade adulta, eram mais felizes com isso e tentaram emagrecer com menor frequência durante a vida. Além disso, eram mais propensas a ser fisicamente ativas e manter uma alimentação equilibrada.

Nova classificação

Para identificar quem deve perder peso, o trabalho usou uma ferramenta recém-desenvolvida na Universidade de Alberta, também no Canadá, chamada de Sistema de Classificação de Obesidade de Edmonton. O método teria se mostrado mais preciso que o tradicional índice de massa corporal (IMC).

A técnica é inspirada em testes que classificam a extensão e a gravidade de outras doenças, como câncer, transtornos mentais e problemas cardíacos. Ela apresenta cinco estágios de obesidade, com base nas duas medições mais usadas: o IMC e a relação cintura-quadril.

O novo sistema considera, ainda, medidas clínicas que refletem as condições médicas do paciente, muitas vezes causadas ou agravadas pela obesidade (como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos).

Repercussão

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen, afirma que "a pesquisa comprova o que já se sabia, ao mostrar que a simples perda de peso não aumenta a sobrevida em pacientes cardiovasculares".

Segundo ele, além de implicações cardíacas, o excesso de gordura pode provocar problemas articulares e de refluxo, por exemplo. "O percentual de obesos saudáveis é de 3% a 4% dessa população", aponta.

A endocrinologista Claudia Cozer, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), destaca que nem todo paciente obeso carrega consigo doenças futuras, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, infarto, derrame e trombose.

Na opinião da médica, também não se deve “neurotizar” o emagrecimento, que depende do resultado de exames, do histórico familiar e do IMC do paciente. "Se o indivíduo for obeso mórbido, com IMC acima de 40, pode ter comprometimentos ortopédicos e de movimentos. Tarefas simples como subir escadas, amarrar o sapato e se abaixar se tornam difíceis", diz.

Mas, caso os testes laboratoriais estejam normais, a comida seja variada, com poucas calorias, e a pessoa não beba nem fume, o excesso de peso pode não ser uma preocupação tão grande quanto a de obesos com histórico familiar e outros fatores de risco, ressalta Claudia.

Ela concorda com a parte da pesquisa que sustenta que o efeito sanfona é mais prejudicial do que se manter acima do peso. “É melhor você ficar gordinho e quieto, se os exames estiverem bons, do que nesse ioiô, que muda a composição corporal”, afirma. Isso porque, ao emagrecer, a pessoa perde músculos e gordura e, ao engordar novamente, acrescenta apenas gordura ao organismo. “E aí fica cada vez mais difícil perder esse acúmulo”, explica.

De acordo com o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas e ex-presidente da Abeso, se o indivíduo não tiver problemas metabólicos, cardiovasculares e outros comprometimentos, como apneia do sono, pode ser saudável mesmo acima do peso. Mas é importante sempre passar por uma avaliação médica.

Linfoma Não-Hodgkin

Fonte: INCA

Linfomas são neoplasias malignas que se originam nos linfonodos (gânglios), muito importantes no combate às infecções.

Os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 20 tipos diferentes. O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não esclarecidas.

Com base na média das taxas brutas encontradas nos 17 Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) do Brasil que possuem mais de 3 anos de informações consolidadas, estima-se que haverá aproximadamente 4.900 casos nos homens e 4.200 casos novos em mulheres no Brasil em 2009.

Fatores de Risco

Os poucos conhecidos fatores de risco para o desenvolvimento de Linfomas Não-Hodgkin são:

  • Sistema imune comprometido - Pessoas com deficiência de imunidade, em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma;
  • Exposição Química - Os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes, é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença;
  • Exposição a altas doses de radiação.

Prevenção


Assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o desenvolvimento de Linfomas Não-Hodgkin.

Sintomas

  • Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha;
  • Sudorese noturna excessiva;
  • Febre;
  • Prurido (coceira na pele);
  • Perda de peso inexplicada.

Diagnóstico

São necessários vários tipos de exames para o diagnóstico adequado dos Linfomas Não-Hodgkin. Esses exames permitem determinar o tipo exato de linfoma e esclarecer outras características, cujas informações são úteis para decisão da forma mais eficaz de tratamento a ser empregado.

Biópsia

Durante a biópsia, é retirada pequena porção de tecido (em geral linfonodos) para análise em laboratório de anatomia patológica. Há vários tipos de biópsia, incluindo os seguintes:

  • Biópsia excisional ou incisional - através de uma incisão na pele, retira-se o linfonodo por inteiro (excisional) ou uma pequena parte do tecido acometido (incisional). É considerado o padrão de qualidade para o diagnóstico dos linfomas;
  • Punção aspirativa por agulha fina - retira-se pequena porção de tecido por aspiração através de agulha;
  • Biópsia e aspiração de medula óssea - retira-se pequena amostra da medula óssea (biópsia) ou do sangue da medula óssea (aspiração) através de uma agulha. Este exame é necessário para definir se a doença estende-se também à medula óssea, informação importante que pode ter implicações no tratamento a ser empregado;
  • Punção lombar - retira-se pequena porção do líquido cerebroespinhal (líquor), que banha o cérebro e a medula espinhal (não confundir com medula óssea). Esse procedimento determina se o sistema nervoso central foi atingido;

Exames de Imagem


Estes exames são usados para determinar a localização dos sítios acometidos pela doença

  • Radiografias de tórax - podem detectar tumores no tórax e pulmões;
  • Tomografia Computadorizada - visualiza internamente os segmentos do corpo por vários ângulos, permitindo imagens detalhadas;
  • Ressonância Nuclear Magnética (RNM) - também produz imagens detalhadas dos segmentos corporais;
  • Cintigrafia com Gálio - uma substância radioativa que, ao ser injetada no corpo, concentra-se principalmente em locais comprometidos pelo tumor. Uma câmera especial permite ver onde o material radioativo se acumulou, e determinar o quanto se disseminou a doença.

Estudos Celulares


Junto com biópsias e exames de imagem, são utilizados alguns testes que ajudam a determinar características específicas das células nos tecidos biopsiados, incluindo anormalidades citogenéticas tais como rearranjos nos cromossomos, comuns nos linfomas. Esses testes permitem também realizar estudos de receptores para antígenos específicos nas células linfomatosas, que servem tanto para definir a origem celular, como também para estimar o prognóstico do paciente. Estes testes incluem:

  • Imunohistoquímica - anticorpos são utilizados para distinguir entre tipos de células cancerosas;
  • Estudos de Citogenética - determinam alterações no cromossomos das células;
  • Citometria de Fluxo - as células preparadas na amostra são passadas através de um feixe de laser para análise;
  • Estudos de Genética Molecular (Biologia Molecular) - testes altamente sensíveis com DNA e RNA para determinar alterações genéticas específicas nas células cancerosas.

Novos testes e procedimentos diagnósticos estão surgindo a partir de trabalhos com a análise do genoma e expressão gênica. Parecem trazer informações importantes no futuro, mas na atualidade ainda são experimentais.

Classificação

Classificar o tipo de linfoma pode ser uma tarefa bastante complicada, mesmo para hematologistas e patologistas. Os Linfomas Não-Hodgkin são, de fato, um grupo complexo de quase 40 formas distintas desta doença. Após o diagnóstico, a doença é classificada de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra (sua extensão). Estas informações são muito importantes para selecionar adequadamente a forma de tratamento do paciente, e estimar seu prognóstico.

Os Linfomas Não-Hodgkin são agrupados de acordo com o tipo de célula linfóide, se linfócitos B ou T. Também são considerados tamanho, forma e padrão de apresentação na microscopia. Para tornar a classificação mais fácil, os linfomas podem ser divididos em dois grandes grupos: indolentes e agressivos.

Os linfomas indolentes têm um crescimento relativamente lento. Os pacientes podem apresentar-se com poucos sintomas por vários anos, mesmo após o diagnóstico. Entretanto, a cura nestes casos é menos provável do que nos pacientes com formas agressivas de linfoma. Esses últimos podem levar rapidamente ao óbito se não tratados, mas, em geral, são mais curáveis. Os linfomas indolentes correspondem aproximadamente a 40% dos diagnósticos, e os agressivos, aos 60% restantes.

Estadiamento

Uma vez diagnosticada a doença, segue o procedimento denominado estadiamento. Consiste em determinar a extensão da doença no corpo do paciente. São estabelecidos 4 estágios, indo de I a IV. No estágio I observa-se envolvimento de apenas um grupo de linfonodos. Já no estágio IV temos o envolvimento disseminado dos linfonodos. Além disso, cada estágio é subdividido em A e B (exemplo: estágios 1A ou 2B). O "A" significa assintomático, e para pacientes que se queixam de febre, sudorese ou perda de peso inexplicada, aplica-se o termo "B".

Tratamento

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou ambos. A imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, incluindo anticorpos monoclonais e citoquinas, isoladamente ou associados à quimioterapia.

A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de Linfoma Não-Hodgkin. A radioterapia é usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas relacionados ao tumor, ou também para consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída em certos sítios no organismo mais propensos à recaída.

Para linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva, consistindo de injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal. Naqueles pacientes que já têm envolvimento do sistema nervoso no diagnóstico, ou desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos; entretanto, as injeções de drogas no líquido cérebro-espinhal são feitas com maior freqüência.

Imunoterapias, particularmente interferon, anticorpos monoclonais, citoquinas e vacinas tumorais estão sendo submetidos a estudos clínicos para determinar sua eficácia nos Linfomas Não-Hodgkin. Para algumas formas específicas de linfoma, um dos anticorpos monoclonais já desenvolvidos, denominado Rituximab, mostra resultados bastante satisfatórios, principalmente quando associada à quimioterapia. No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento podem ir desde apenas observação clínica sem início do tratamento, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação mais adequada.

Linfoma de Hodgkin

Fonte: INCA

A Doença, ou Linfoma de Hodgkin, é uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo.

Esta doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum na idade adulta jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior freqüência entre 25 a 30 anos. A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com Doença de Hodgkin pode ser curada com tratamento atual.

De acordo com a média das taxas brutas encontradas nos 17 Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) do Brasil que possuem mais de 3 anos de informações consolidadas, estima-se que o número de casos novos (incidência) de Linfomas de Hodgkin para o Brasil em 2009 será de aproximadamente 1.600 para o sexo masculino e 1.270 para o sexo feminino em 2009.

Os órgãos e tecidos que compõem o sistema linfático incluem linfonodos, timo, baço, amígdalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. A linfa, um líquido claro que banha estes tecidos, contém proteínas e células linfóides. Já os linfonodos (gânglios) são encontrados em todos as partes do corpo, principalmente no pescoço, virilha, axilas, pelve, abdome e tórax; produzem e armazenam leucócitos denominados linfócitos. Existem três tipos de linfócitos: os linfócitos B (ou células B), os linfócitos T (ou células T), e as células "natural killer" (células NK).

Cada um destes três tipos de células realiza uma função específica no combate a infecções, e também têm importância no combate ao câncer.

  • As células B produzem anticorpos, que se ligam na superfície de certos tipos de bactérias e atraem células específicas do sistema imune e proteínas do sangue, digerindo as bactérias e células estranhas ao normal.
  • As células T ajudam a proteger o organismo contra vírus, fungos e algumas bactérias. Também desempenham importante papel nas funções das células B.
  • As células NK têm como alvo as células tumorais e protegem contra uma larga variedade de agentes infecciosos.

Pode-se distinguir a Doença de Hodgkin de outros tipos de linfoma em parte através do exame de amostras sob microscopia. O tecido obtido por biópsia de pacientes com Doença de Hodgkin apresenta células denominadas células de Reed-Sternberg, uma homenagem aos médicos que descreveram primeiramente estas alterações.

A Doença de Hodgkin surge quando um linfócito (mais freqüentemente um linfócito B) se transforma de uma célula normal em uma célula maligna, capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas (também chamadas de clones). Com o passar do tempo, estas células malignas podem se disseminar para tecidos adjacentes, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. Na Doença de Hodgkin, os tumores disseminam-se de um grupo de linfonodos para outros grupos de linfonodos através dos vasos linfáticos. O local mais comum de envolvimento é o tórax, região também denominada mediastino.

Fatores de risco

Pessoas com sistema imune comprometido, como conseqüência de doenças genéticas hereditárias, infecção pelo HIV, uso de drogas imunossupressoras, têm risco um pouco maior de desenvolver Doença de Hodgkin. Membros de famílias nas quais uma ou mais pessoas tiveram diagnóstico da doença também têm risco aumentado de desenvolvê-la, mas não se deve pensar que é certo de acontecer.

Sintomas

A Doença de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, e os sintomas da doença dependem da sua localização. Caso desenvolva-se em linfonodos que estão próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas provavelmente incluirão a apresentação de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, os sintomas podem ser de tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. E quando se apresenta na pelve e no abdome, os sintomas podem ser de plenitude e distensão abdominal.

Outros sintomas da Doença de Hodgkin incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele").

Diagnóstico

Utilizam-se vários tipos de exames para diagnosticar Doença de Hodgkin. Estes procedimentos permitem determinar seu tipo específico, e esclarecer outras informações úteis para decidir sobre a forma mais adequada de tratamento.

A biópsia é considerada obrigatória para o diagnóstico de Doença de Hodgkin. Durante o procedimento, remove-se uma pequena amostra de tecido para análise, em geral um gânglio linfático aumentado. Há vários tipos de biópsia:

  • Biópsia excisional ou incisional - o médico, através de uma incisão na pele, remove um gânglio inteiro (excisional), ou uma pequena parte (incisional);
  • Biópsia de medula óssea - retira-se um pequeno fragmento da medula óssea através de agulha. Esse procedimento não fornece diagnóstico da Doença de Hodgkin, mas é fundamental para determinar a extensão da disseminação da doença;

Também são necessários exames de imagem para determinar a localização das tumorações no corpo. Radiografias são empregadas para detectar tumores no tórax; usando-se Tomografia Computadorizada, são obtidas imagens detalhadas do corpo sob diversos ângulos. Já a Ressonância Magnética utiliza ondas magnéticas e de rádio para produzir imagens de partes moles e órgãos; e na Cintigrafia com Gálio, uma substância radioativa, ao ser injetada no corpo do paciente é atraída para locais acometidos pela doença.

Além disso, são utilizados outros tipos de exames que ajudam a determinar características específicas das células tumorais nos tecidos biopsiados. Estes testes incluem:

  • Estudos de citogenética para determinar alterações cromossômicas nas células;
  • Imunohistoquímica, na qual anticorpos são usados para distinguir entre vários tipos de células cancerosas;
  • Estudos de genética molecular, que são testes de DNA e RNA altamente sensíveis para determinar traços genéticos específicos das células cancerosas.

Classificação e Estadiamento

Ao diagnosticar a Doença de Hodgkin, ela é classificada (determina-se o tipo) e seu estágio é avaliado (é realizada uma pesquisa para saber se a doença se disseminou a partir do seu local de origem e em que intensidade). Esta informação é fundamental para estimar o prognóstico do paciente e selecionar o melhor tratamento.

Classificação


Atualmente, para classificação da Doença de Hodgkin é mais utilizado o sistema de desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde em conjunto com um painel de especialistas norte americanos e europeus, denominado REAL (Revised European American Lymphoma Classification). Sob este sistema estas doenças são divididas de acordo com um número de características que, junto a outras informações, permitem ao médico estimar o prognóstico do paciente.

Estadiamento

Após reunir todas as informações disponíveis nos testes diagnósticos, procede-se o estadiamento da doença, ou seja, determinar o quanto se disseminou. Existem quatro estágios, correspondendo o estágio I à doença mais limitada, e o estágio IV, à mais avançada. Também é agregada uma subdivisão destes estágios aos pacientes com certos sintomas relacionados à doença, chamados sintomas B, tais como febre, sudorese noturna, perda de peso significativa. Exemplo: se um paciente tem doença avançada (estágios III ou IV), e tem sintomas B, determina-se o estadiamento como IIIB ou IVB)

Tratamento

O tratamento clássico da Doença de Hodgkin, em geral, consiste de poliquimioterapia, com ou sem radioterapia. Dependendo do estágio da doença no momento do diagnóstico, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. O esquema de quimioterapia utilizado de rotina no INCA é denominado ABVD.

Para os pacientes que sofrem recaídas (retorno) da doença, são disponíveis alternativas, dependendo da forma do tratamento inicial empregado. As formas empregadas usualmente, e com indicações relativamente precisas, são o emprego de poliquimioterapia e do transplante de medula.

Após o tratamento

A radioterapia e os esquemas de quimioterapia empregados regularmente trazem riscos para os pacientes após o tratamento. Entre os mais importantes estão o desenvolvimento de outros tipos de câncer (mama, pulmão, tireóide, linfomas e leucemias) e possível infertilidade. No entanto, estes riscos não são suficientemente grandes a ponto de se questionar o uso dessas formas de tratamento, visto que a Doença de Hodgkin é curável se tratada adequadamente. Os pacientes devem ser seguidos continuamente após o tratamento, com consultas periódicas cujos intervalos podem ir aumentando progressivamente.

19 agosto 2011

Linfomas causam 8 mortes por dia

Fonte: INCA

O linfoma é um tipo de câncer que atinge principalmente os gânglios (linfonodos) do sistema linfático, essencial para a defesa do corpo contra infecções.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), nos últimos 25 anos o número de casos de linfomas duplicou. Ainda não se sabe a causa desse aumento, mas um dos motivos de preocupação entre os médicos é a falta de informação dos brasileiros sobre a doença. Uma pesquisa feita pela DataFolha em dez capitais brasileiras no ano de 2010 mostra que apenas 49% da população já havia ouvido falar sobre esse tipo de câncer.

Em 2008, os linfomas foram responsáveis por 3.568 mortes. A estimativa é que em 2009 foram diagnosticados 9.100 novos casos. Esses dados alarmantes mostram o quão necessário é que as pessoas estejam bem informadas sobre sintomas e tratamentos da doença. De acordo com a pesquisa da DataFolha, 71% dos entrevistados não conheciam os sintomas do linfoma.

Os tumores desse tipo de câncer se dividem em dois tipos: os de Hodgkin (20% dos casos) e os não-Hodgkin (80% dos casos). O primeiro sinal da doença é o aumento indolor dos linfonodos nas regiões do pescoço, axilas, abdômen, virilha e na região entre pulmões e coração. Outros sinais são febre, suor, emagrecimento e coceira. Um tratamento que oferece boas chances de cura para pessoas sofrendo desse câncer é a combinação entre quimioterapia e anticorpos monoclonais.

Os linformas são responsáveis por mais de 3 mil mortes anuais. A cada dia, 8 pessoas falecem devido à doença. Assim, é essencial que a população fique atenta aos sintomas, se informe sobre o câncer e visite regularmente um médico para a prevenção dessa e outras condições.

11 agosto 2011

Mulheres são mais prejudicadas pelo cigarro do que homens

Fonte: Diário da Saúde

Pior para as mulheres

Nova má notícia para os fumantes, especialmente mulheres.

O aumento no risco de desenvolver doenças coronarianas por causa do vício de fumar é 25% maior para mulheres do que para homens.

A afirmação é de um estudo publicado hoje na revista The Lancet, por Rachel Huxley, da Universidade de Minnesota, e Mark Woodward, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Os dois realizaram uma meta-análise de 86 estudos, que reúnem dados de 67 mil casos de doenças coronarianas em uma amostragem total de mais de 4 milhões de pessoas.

Diferenças fisiológicas entre sexos

Os autores sugerem que o aumento no risco para o público feminino pode estar relacionado com diferenças fisiológicas entre os sexos, com toxinas presentes no cigarro tendo possivelmente efeitos mais potentes em mulheres do que nos homens.

"Mulheres podem extrair quantidades maiores de carcinogênicos e de outros agentes tóxicos a partir do mesmo número de cigarros do que os homens. Isso poderia explicar por que mulheres que fumam têm duas vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão do que os homens", disseram.

O cenário tende a piorar com o tempo. Segundo o estudo, para cada ano que uma mulher fumar há um aumento na relação ajustada de risco entre mulheres e homens.

Isso significa que, quanto mais tempo uma mulher fumar, maior será o risco de desenvolver doenças coronarianas em comparação com um homem que tiver fumado durante o mesmo período.

Mau exemplo

"O cigarro é uma das principais causas de doenças coronarianas em todo o mundo e continuará a ser, uma vez que populações que até então não estavam sendo tão afetadas pela epidemia do fumo começaram a usar o cigarro em níveis até então presentes apenas em países mais ricos", disseram os autores.

"Essa expectativa é especialmente preocupante para mulheres mais jovens, entre as quais a popularidade do cigarro, particularmente em países de menor renda per capita, pode estar aumentando", destacaram.

Mitos sobre o câncer de mama confundem a população

Fonte: Oncomed

O câncer de mama é atualmente a principal causa de morte causada por tumores em mulheres no Brasil. A falta de informação das pessoas a respeito da doença colabora para a piora desse quadro.

Diversos mitos a respeito da doença se espalham através do boca a boca. São afirmativas que dizem, por exemplo, que o uso de desodorantes e sutiãs apertados favorece o desenvolvimento do câncer de mama. Outros mitos comuns são os de que o implante de próteses de silicone e o consumo de leite de origem animal podem aumentar as chances do surgimento da doença. Essas informações não são baseadas em estudos ou pesquisas científicas, portanto são equivocadas e irreais.

Porém, algumas das crenças do senso comum estão corretas. Emoções negativas (como mágoas, raiva e estresse) podem contribuir para o surgimento da doença, assim como deficiência de vitamina D, o consumo de álcool, o tabagismo e o histórico familiar. Também é verdade que a doença está associada à idade, e com o envelhecimento as chances de o câncer ser desenvolvido são maiores. Outros fatores que favorecem o câncer são gestações tardias ou a ausência de gestações.

Como o câncer de mama ainda não é inteiramente compreendido, fica difícil saber quando se pode confiar ou não em um rumor. Por isso, a opinião de um profissional é essencial. O Dr. Armândio Soares, diretor da Oncomed Belo Horizonte, explica que “ainda há muito o que ser pesquisado e estudado, por isso, conversar com um médico é sempre o melhor caminho para esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto”.

07 agosto 2011

Remédio na hora certa!

Adaptado de: Revista Viva Saúde

Atrasar o horário do medicamento pode reduzir a sua eficácia e até mesmo provocar efeitos colaterais. A cronofarmacologia ensina como potencializar o efeito terapêutico das mais diferentes drogas

Até pouco tempo atrás, ao prescrever um determinado remédio, o médico limitava-se a dizer: "É para tomar duas vezes ao dia". Em casa, o paciente escolhia os melhores horários, segundo a sua conveniência, para seguir a orientação. Hoje, essa situação está começando a mudar. Graças à cronofarmacologia, os pacientes precisam obedecer rigorosamente os horários estipulados pelos médicos, se quiserem maximizar os efeitos terapêuticos e minimizar os riscos colaterais dos remédios prescritos.

Segundo os especialistas, existem dois tipos de ritmo biológico: o circadiano e o não circadiano, que compreende, por sua vez, o ultradiano e o infradiano. Mourad explica que a palavra vem do latim circa diem, que significa "cerca de um dia". "O ritmo circadiano dura 24 horas e cada processo, como atividade digestiva, controle hormonal e regulação térmica, se repete diariamente, quase sempre nos mesmos horários", afirma. Já o ritmo ultradiano, completa Tânia Maria Lemos Mouço, do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ), é quando essas repetições ocorrem em períodos menores de 20 horas, como a secreção da insulina, por exemplo, e o infradiano, em períodos maiores de 28 horas, como o ciclo menstrual e a produção de plaquetas.

No tique-taque do relógio
A palavra cronofarmacologia é resultado da junção de outras três: crono (tempo), fármaco (remédio) e logia (ciência ou estudo). "A cronofarmacologia é a ciência que estuda a hora certa para administrar os remédios", esclarece a farmacêutica Tânia Maria.

Ou seja, cada remédio precisa ser tomado em um horário predeterminado para alcançar os melhores resultados farmacológicos. Não há um horário exato do dia ou da noite, pondera Regina Pekelmann Markus, que seja considerado o mais eficaz para tomar todos os remédios existentes. Professora do Laboratório de Cronofarmacologia do departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade do São Paulo (USP), Regina salienta que cada caso é um caso e que não é possível generalizar. "Cada remédio tem a hora certa de ser tomado, quando há maior eficácia e menor efeito colateral. E é preciso respeitar os horários determinados pelos médicos. Há medicamentos que podem ser prejudiciais à saúde quando tomados fora da hora", alerta.

Para cada doença, um horário
Veja os períodos de maior incidência de certas patologias para estipular a posologia de medicamentos e garantir sua maior eficácia.

Asma

Sintomas: Falta de ar, chiado no peito, tosse, dificuldade para respirar.
Maior incidência: Entre 0 h e 6 h, com pico às 4 h.
Quando tomar o remédio? A queda na produção de cortisol provoca uma contração nos brônquios pulmonares, que atinge o seu pico às 4 h. Para o remédio fazer efeito às 4 h, os médicos recomendam que ele seja administrado pelo menos 8 horas antes, ou seja, às 20 h.

Diabetes


Sintomas: Sede, perda de peso e falta de apetite.
Maior incidência: Entre 3 h e 6 h.
Quando tomar o remédio? As crises costumam piorar de madrugada. O ideal é que o remédio seja prescrito à noite. Mas é preciso estar sempre bem alimentado, caso contrário, o indivíduo poderá sofrer uma crise de hipoglicemia.

Artrite


Sintomas: Dor forte e perda de mobilidade.
Maior incidência:
Às 6 h.
Quando tomar o remédio? Para ter um efeito melhor no organismo, o ideal é que o remédio seja administrado sempre à noite.

Cardiovasculares


Sintomas: Dor no peito e dificuldade para respirar.
Maior incidência: Entre 6 h e 12 h, com pico às 9 h.
Quando tomar o remédio? A partir das 6 h, o corpo ganha uma sobrecarga de cortisol, que provoca elevação na frequência cardíaca. O remédio deve ter ação prolongada e ser tomado antes de dormir.

Rinite

Sintomas: Coriza, congestão nasal e ardor nos olhos.
Maior incidência: Entre 6 h e 12 h.
Quando tomar o remédio? O medicamento, de ação prolongada, deve ser administrado à noite, antes de dormir, para prevenir indesejáveis crises noturnas.

Depressão

Sintomas: Dificuldade de concentração, sentimento de culpa e alternância de humor.
Maior incidência: Entre 18 h e 0 h.
Quando tomar o remédio? Os médicos recomendam que antidepressivos sejam tomados pelos pacientes sempre no início da tarde.

Gastrite e úlcera

Sintomas: Dor e queimação no estômago.
Maior incidência: Entre 23 h e 1 h, com pico à meia-noite.
Quando tomar o remédio? Na maioria das vezes, os médicos prescrevem remédios de ação rápida para serem tomados à noite, período em que ocorre um aumento da acidez no estômago.

Câncer

Sintomas: Perda de peso e falta de apetite.
Maior incidência: Varia de pessoa para pessoa.
Quando tomar o remédio? Dependendo da posologia, alguns medicamentos devem ser administrados à tarde; outros, à noite, antes de dormir. O ideal é tentar ajustar a dose terapêutica aos horários em que só células cancerígenas estejam sensíveis à ação do medicamento.

Meias de compressão ajudam a melhorar a apneia obstrutiva do sono

Fonte: EurekAlert!

De acordo com pesquisadores europeus, usar meias de compressão pode ser uma maneira simples de reduzir os efeitos da apneia obstrutiva do sono em pacientes com insuficiência venosa crônica. "Descobrimos que em pacientes com insuficiência venosa crônica, meias de compressão reduziram o acumulo de líquidos durante o dia nas pernas, o que, por sua vez, reduziu a quantidade de líquido que flui para o pescoço à noite, diminuindo assim o número de apneias e hipopneias em mais de um terço", diz Stefania Redolfi, da Universidade de Brescia, na Itália, que liderou a pesquisa.

A insuficiência venosa crônica ocorre quando as veias não conseguem bombear sangue sem oxigênio de volta ao coração, e, frequentemente, afetam as pernas. Em pessoas ativas, acúmulo de líquido nas pernas é contrabalançado por contrações musculares que espremem as veias. No entanto, ficar períodos prolongados sentado pode evitar este processo e o líquido acumulado nas pernas pode migrar para outras partes do corpo durante a noite.

Esta mudança resulta em acúmulo de líquido no tecido pescoço, o que pode elevar o número de eventos de apneia, já que aumenta o volume do tecido, levando ao colapso repetitivo da faringe durante a respiração noite.
Em indivíduos que têm insuficiência cardíaca ou hipertensão, a quantidade de fluido no corpo durante a noite é fortemente correlacionada com o grau de aumento na circunferência do pescoço e do número de apneias e hipopneias por hora de sono.

"Trabalhamos com a hipótese de que o acúmulo de líquido que ocorre nas pernas de pessoas com insuficiência venosa crônica seria reduzido através do uso de meias de compressão, e que a redução no fluido irá também reduzir a mudança de que o fluido no pescoço durante a noite", disse Dra. Redolfi. "Há fortes evidências ligando essa mudança noturna do fluido à apneia. Se reduzirmos esse processo, podemos esperar que os eventos de apneia sejam igualmente reduzidos", completa.