Fonte: BBC Brasil
Uma técnica criada por pesquisadores britânicos, que "lava o cérebro" de bebês muito prematuros, poderá ajudar na sobrevivência destas crianças.
O estudo, da Universidade de Bristol, envolveu 77 bebês prematuros. O sangramento no cérebro é um dos problemas mais temidos para a maioria destes bebês, pois pode causar dano cerebral ou até mesmo levar à morte.
A técnica dos pesquisadores britânicos, que envolve a drenagem do cérebro durante a introdução de um novo fluido no lugar, pode reduzir este risco.
Os cientistas afirmam que o procedimento é realizado durante alguns dias na criança e é necessário um acompanhamento para garantir que a pressão no cérebro do bebê não aumente muito.
Mas a técnica só poderá ser usada em bebês muito prematuros, com grandes hemorragias, que podem levar o cérebro e a cabeça a se expandirem muito, em um problema conhecido como hidrocefalia.
O neurocirurgião pediátrico Ian Pople, um dos líderes da pesquisa, disse à BBC que espera que a técnica esteja disponível em breve no sistema de saúde público da Grã-Bretanha.
"Esta é a primeira vez que qualquer tratamento, em qualquer lugar do mundo, mostrou benefícios para estes bebês tão vulneráveis", afirmou.
Atualmente o tratamento padrão para crianças prematuras consiste em inserir várias vezes agulhas na cabeça ou na coluna para remover o excesso de fluidos acumulados, durante alguns meses, antes que um dreno seja inserido para retirar o fluido pelo abdome.
A pesquisa da Universidade Bristol, publicada na revista especializada Pediatrics, descobriu que o novo tratamento, chamado de Drift, é mais eficaz.
Primeiro bebê
Um dos primeiros bebês que recebeu o novo tratamento, durante os primeiros testes, foi o britânico Isaac Walker-Cox, de South Gloucestershire, hoje com nove anos.
Ele tinha apenas 1% de chances de sobrevivência quando nasceu, 13 semanas antes do tempo previsto.
A mãe, Rebekah Walker-Cox, afirmou que o menino atualmente tem uma leve paralisia no lado esquerdo do corpo, mas leva uma vida normal.
"Ele não tem nenhum problema mental, sua média de leitura é acima do normal e ele é muito bom com computadores. Ele leva a vida normalmente e é um menino expansivo e feliz", afirmou.
"Esta nova pesquisa é muito interessante e sempre aprovamos qualquer (pesquisa) que tenha o potencial de melhorar os resultados para bebês nascidos doentes ou prematuros", disse Andy Cole, da instituição de caridade britânica para crianças prematuras Bliss.
"Os primeiros resultados desta pesquisa são encorajadores e estamos ansiosos para ver como estas descobertas podem ser traduzidas para os tratamentos que podem garantir melhores resultados para estes bebês tão vulneráveis", acrescentou.
Uma técnica criada por pesquisadores britânicos, que "lava o cérebro" de bebês muito prematuros, poderá ajudar na sobrevivência destas crianças.
O estudo, da Universidade de Bristol, envolveu 77 bebês prematuros. O sangramento no cérebro é um dos problemas mais temidos para a maioria destes bebês, pois pode causar dano cerebral ou até mesmo levar à morte.
A técnica dos pesquisadores britânicos, que envolve a drenagem do cérebro durante a introdução de um novo fluido no lugar, pode reduzir este risco.
Os cientistas afirmam que o procedimento é realizado durante alguns dias na criança e é necessário um acompanhamento para garantir que a pressão no cérebro do bebê não aumente muito.
Mas a técnica só poderá ser usada em bebês muito prematuros, com grandes hemorragias, que podem levar o cérebro e a cabeça a se expandirem muito, em um problema conhecido como hidrocefalia.
O neurocirurgião pediátrico Ian Pople, um dos líderes da pesquisa, disse à BBC que espera que a técnica esteja disponível em breve no sistema de saúde público da Grã-Bretanha.
"Esta é a primeira vez que qualquer tratamento, em qualquer lugar do mundo, mostrou benefícios para estes bebês tão vulneráveis", afirmou.
Atualmente o tratamento padrão para crianças prematuras consiste em inserir várias vezes agulhas na cabeça ou na coluna para remover o excesso de fluidos acumulados, durante alguns meses, antes que um dreno seja inserido para retirar o fluido pelo abdome.
A pesquisa da Universidade Bristol, publicada na revista especializada Pediatrics, descobriu que o novo tratamento, chamado de Drift, é mais eficaz.
Primeiro bebê
Um dos primeiros bebês que recebeu o novo tratamento, durante os primeiros testes, foi o britânico Isaac Walker-Cox, de South Gloucestershire, hoje com nove anos.
Ele tinha apenas 1% de chances de sobrevivência quando nasceu, 13 semanas antes do tempo previsto.
A mãe, Rebekah Walker-Cox, afirmou que o menino atualmente tem uma leve paralisia no lado esquerdo do corpo, mas leva uma vida normal.
"Ele não tem nenhum problema mental, sua média de leitura é acima do normal e ele é muito bom com computadores. Ele leva a vida normalmente e é um menino expansivo e feliz", afirmou.
"Esta nova pesquisa é muito interessante e sempre aprovamos qualquer (pesquisa) que tenha o potencial de melhorar os resultados para bebês nascidos doentes ou prematuros", disse Andy Cole, da instituição de caridade britânica para crianças prematuras Bliss.
"Os primeiros resultados desta pesquisa são encorajadores e estamos ansiosos para ver como estas descobertas podem ser traduzidas para os tratamentos que podem garantir melhores resultados para estes bebês tão vulneráveis", acrescentou.
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