05 agosto 2011

Conselho Federal de Medicina cria mais três áreas de atuação médica

Fonte: Agência Brasil

Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no último dia 1º no Diário Oficial da União cria mais três áreas de atuação médica: medicinas do sono, paliativa e tropical. Com a medida, o profissional poderá, a partir de agora, receber treinamento adicional específico durante o programa de residência. Ao ingressar em programa de residência em infectologia, por exemplo, o profissional poderá receber treinamento adicional específico na área de medicina tropical.

De acordo com a resolução do CFM, a medicina paliativa está associada às especialidades clínica médica, cancerologia, geriatria e gerontologia, medicina de família e comunidade, pediatria e anestesiologia. De acordo com a médica Maria Goretti Sales Maciel, diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, a criação da área traz mais visibilidade a um tipo de trabalho médico que já existe e é exercido com rigor científico.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 65% dos portadores de doenças crônicas necessitam de cuidados paliativos. Com a publicação da norma que criou esta área de atuação, a Comissão Nacional de Medicina Paliativa da Associação Médica Brasileira (AMB) definirá os critérios para o reconhecimento dos primeiros paliativistas titulados do país.

A medicina tropical, vinculada à especialidade infectologia, é dedicada ao estudo e tratamento de doenças como malária, febre amarela, dengue, esquistossomose e leishmaniose, típicas de regiões tropicais.

As áreas de atuação ligadas ao estudo e tratamento da dor, antes associadas às especialidades anestesiologia e neurologia, passam a ser associadas também à acupuntura, medicina física e reabilitação, neurocirurgia e ortopedia e traumatologia.

A especialidade medicina legal passa a ser denominada medicina legal e perícia médica. E deixam de ser tratadas como áreas de atuação cirurgia de coluna, perícia médica, reprodução humana e medicina aeroespacial. Houve também ampliação no número de especialidades vinculadas à hepatologia que, a partir de agora, será ligada à clínica médica e à infectologia.

Preocupação excessiva pode ser doença

Fonte: Diário da Saúde

Pesquisadores da Universidade Case Westen, nos Estados Unidos, apontam que pessoas que se preocupam demais, chegando a comportamentos obsessivos, são portadoras do chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada. Pessoas que sofrem com essa ansiedade generalizada, tendem a priorizar seus relacionamentos sociais, seja com a família, amigos ou colegas de trabalho.

A forma como o indivíduo lida com a preocupação é que determina a gravidade da doença. Alguns se aproximam excessivamente das pessoas com as quais se preocupam, enquanto outros podem desligar-se totalmente delas.

O estudo envolveu pacientes que se tratavam do Transtorno de Ansiedade Generalizada, e os cientistas observaram que esses manifestam suas preocupações de maneiras diferentes, de acordo com sua forma particular de interação com os outros. Os pesquisadores conseguiram identificar quatro estilos predominantes de interação entre as pessoas com ansiedade generalizada: intrusivo, frio, não-assertivo e explorável.

Segundo Amy Przeworski, autora da pesquisa, "todos os indivíduos com esses estilos preocupam-se na mesma intensidade, de forma extrema, mas manifestam essas preocupações de formas diferentes”. A pesquisadora sugere que, devido às descobertas, as terapias para tratar o Transtorno de Ansiedade Generalizada devem focar tanto as próprias preocupações quanto os respectivos problemas interpessoais.

Cientista propõe reduzir jejum de pacientes de 16 para duas horas

Fonte: Diário da Saúde

Jejum exagerado

Pacientes submetidos a exames médicos ou cirurgias ficam até 16 horas em jejum.

Este tempo pode ser reduzido para duas horas em cirurgias gastrointestinais, de oftalmologia, de otorrinolaringologia, partos ou exames diagnósticos que não exijam jejum prolongado.

Estudos mostram que um paciente internado por 15 dias num hospital perde cerca de 10 a 15% de seu peso corporal.

O jejum prolongado - de alimento e água - pode prejudicar a recuperação do paciente, fazendo com que ele permaneça mais tempo internado do que o necessário.

Evidências científicas

Esta é a luta de Maria Isabel Pereira de Freitas, pioneira da terapia nutricional parenteral e enteral no Brasil.

Maria Isabel é enfermeira, professora livre docente, chefe do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e membro da equipe que atua na unidade de internação da Gastroenterologia Clínica e Cirúrgica do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

"Desde 1999 existem evidências científicas de que os pacientes não precisam ficar tanto tempo em jejum. Pesquisadores da Europa, dos Estados Unidos da América do Norte e da Universidade Federal do Mato Grosso, juntamente com a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE), estão fazendo um movimento para mostrar que os nutrientes são tão importantes na recuperação dos doentes quanto o remédio", disse Isabel.

Prolongamento do jejum

Segundo Maria Isabel, exames de ultrassonografia, endoscopias, colonoscopias, tomografias e ressonâncias requerem um tempo mínimo de jejum por via oral.

Como os hospitais estão sobrecarregados na realização destes exames, tanto para os atendimentos de casos de urgência como aqueles internados, o tempo de espera do doente em jejum passa a ser muito prolongado, podendo chegar até a 16 horas.

Além disso, é somado a este tempo o período de jejum pré-operatório e depois o período de jejum pós-operatório.

"Duas horas antes da cirurgia, quando o paciente já permaneceu em jejum de alimentos sólidos por oito horas, você pode permitir que o paciente tome líquido transparente com carboidratos. Após a cirurgia, se o paciente não sentir náuseas, ele pode beber água e até comer, conforme afirmação do Grupo ERAS, da Europa. Isto só não é recomendado para cirurgias de esôfago, estômago e alguns tipos de câncer", explicou.

Pacientes com desnutrição

De acordo com Maria Isabel, a média de calorias diárias recomendadas para um paciente internado é de 2.500 calorias e é de responsabilidade do enfermeiro observar a quantidade de alimentos ingerida pelo paciente.

Há uma pesquisa em andamento na área da gastroenterologia, feita por aluna de Enfermagem e coordenada por Maria Isabel, que estão avaliando a qualidade do sono em pacientes que permanecem períodos de 12 a 16 horas em jejum para realizar exames diagnósticos ou intervenções cirúrgicas.

"Os pacientes estão desnutrindo dentro das instituições hospitalares e precisamos introduzir medidas para minimizar este fato para bem atender ao doente", explicou Isabel.

Terapia nutricional parenteral e enteral

A terapia nutricional parenteral e enteral teve início em 1968 nos Estados Unidos e na Europa e chegou ao Brasil no início da década de 1970, quando aconteceu o primeiro curso no Rio de Janeiro, RJ.

Na época, a especialidade era denominada de hiperalimentação parenteral.

Maria Isabel tomou conhecimento da terapia e, em 1973, apresentou o primeiro trabalho sobre este tema no Brasil. O trabalho foi publicando em 1975 na Revista Brasileira de Enfermagem.

"Quando eu entrei nessa linha de trabalho eu não parei mais. Continuei, mesmo com dificuldades, e fui abrindo espaço para as enfermeiras. Agora, esse grupo mais novo deu uma reerguida e fizeram esse curso que teve uma repercussão espetacular", disse, entusiasmada.

Estudo diz que dietas fazem células do cérebro se canibalizarem

Fonte: BBC Brasil

Um estudo publicado na revista científica Cell Metabolism pode ajudar a explicar por que é tão difícil seguir uma dieta de emagrecimento.

Segundo a pesquisa, quando se passa fome, os neurônios responsáveis por regular o apetite passam a comer partes deles mesmos.

Os cientistas acreditam que isso aconteceria porque após um período de jejum e o uso emergencial de reservas de gordura, o corpo receberia um sinal de que há uma falta de comida e faria com que as células se alimentassem delas mesmas.

Os experimentos realizados com camundongos em laboratório revelaram que o ato de "autocanibalismo" destas células gera a liberação de ácidos graxos, que por sua vez resulta em níveis mais altos de uma substância química no cérebro (a proteína agouti, AgRP) que estimula o apetite.

Um dos responsáveis pelo estudo, o pesquisador Rajat Singh, do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, acredita que remédios que interfiram neste processo de autofagia das células do cérebro poderiam ajudar a tratar a obesidade, fazendo com que as pessoas sintam "menos fome e queimem mais gordura".

Segundo ele, quando a autofagia foi bloqueada nos neurônios dos camundongos, os níveis de AgRP não se elevaram em resposta à fome e os níveis de outro hormônio, o hormônio estimulante dos melanócitos, permaneceram altos. Esta alteração na química do corpo levou os camundongos a ficarem mais magros, já que eles comiam menos após um período de jejum e gastavam mais energia.

Por outro lado, Singh explicou que níveis cronicamente altos de ácidos graxos na corrente sanguínea, como acontece em pessoas com dietas ricas em gordura, podem alterar o metabolismo dos lipídios, "criando um circulo vicioso de superalimentação e equilíbrio de energia alterado."

O estudo também pode ajudar a explicar por que o apetite tende a diminuir com a idade, já que as células de um corpo mais idoso não conseguiriam realizar a autofagia tão bem.

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04 agosto 2011

Câncer de próstata poderá ser diagnosticado com exame de urina

Fonte: EFE

Um grupo de cientistas da Universidade de Michigan desenvolveu um novo exame de urina que detecta o risco de câncer de próstata e que pode servir de indicador sobre a necessidade de fazer ou não uma biópsia.

Segundo o estudo publicado na revista "Science Translational Medicine" nesta quarta-feira, este teste pode ajudar os homens que apresentam uma presença elevada do antígeno PSA no sangue a decidir se podem atrasar ou evitar a biópsia, um exame que pode acarretar riscos para o paciente.

A análise detecta uma anomalia genética presente em 50% dos casos de câncer de próstata, quando se fundem os genes TMPRSS2 e ERG.

No entanto, como esta fusão só aparece na metade dos casos, os pesquisadores optaram por incluir na prova outro marcador tumoral, o PCA3. A combinação fornece mais dados para a detecção do câncer de próstata que a de qualquer um destes marcadores individualmente.

Para realizar o estudo, cientistas analisaram as mostras de urina de 1.312 homens em três centros médicos acadêmicos e em sete hospitais. Depois, dividiram os pacientes em três grupos de acordo com o risco de sofrer de câncer: baixo, médio e alto. Por fim, compararam os resultados do exame de urina com os das biópsias feitas em cada paciente.

Os exames histológicos revelaram a presença de câncer em 21% dos casos que a prova tinha determinado como de baixo risco; em 43% os de médio e em 69% os do grupo de alto risco.

Além disso, só 7% dos homens que pertenciam ao grupo de baixo risco foram diagnosticados com tumor agressivo, já os de alto risco chegaram a 40%.

Segundo a equipe de cientistas, há muitos mais homens que têm uma elevada presença do antígeno PSA no sangue que os que realmente sofrem câncer de próstata, algo que até o momento é difícil de determinar sem uma biópsia.

Por isso que os pesquisadores querem que o novo exame de urina ajude o paciente a decidir se precisa ou não fazer uma biópsia.

A American Câncer Society estima que 217.730 pessoas receberão um diagnóstico de câncer de próstata este ano nos Estados Unidos, enquanto que 32.050 morrerão por causa desta doença.

31 julho 2011

Risco de câncer aumenta com a altura, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Pessoas mais altas têm maior risco de desenvolver câncer ao longo da vida, segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford.

De acordo com os resultados, a cada dez centímetros a mais de altura, o risco de ter um dos dez tipos mais comuns de câncer aumenta em 16%.

O estudo, publicado na revista científica Lancet Oncology, acompanhou 1,3 milhão de mulheres de meia-idade na Grã-Bretanha, entre 1996 e 2001.

Entre as mulheres mais baixas (com menos de 1,52 m), foram registrados 750 casos de câncer por grupo de 100 mil por ano, enquanto entre as de altura mediana (1,62 m) o número subiu para 850 casos de câncer , e no grupo mais alto (1,75 m), houve 1 mil casos.

Mulheres e homens

Os tipos de câncer que seriam afetados pela altura são de cólon, retal, melanoma maligno, mama, útero, ovário, rim, linfoma, linfoma não-hodgkin e leucemia.

Apesar de o estudo ter analisado apenas dados de mulheres, os pesquisadores dizem que a relação com a altura também está presente nos homens. Eles reuniram outras dez pesquisas que mostravam resultados similares com homens.

"Claro que a altura em si não pode afetar o câncer, mas pode ser um indicador para outra coisa", diz a responsável pela pesquisa, Jane Green, da Universidade de Oxford.

Especialistas acreditam que a explicação pode estar na quantidade de hormônios de crescimento presentes na infância, que poderiam influenciar dois fatores.

O primeiro é o número de células. Pessoas mais altas têm mais células no corpo, logo há mais células que podem sofrer mutações, o que levaria ao câncer.

Outra possibilidade é que os hormônios aumentem a taxa de divisão celular, o que aumentaria o risco de câncer.

Mas os pesquisadores admitiram não saber ao certo a razão por trás dos resultados.

Estilo de vida

A diretora de informação da ONG Cancer Research UK, Sara Hiom, acredita que não há razão para alarde.

"Pessoas altas não precisam se alarmar com estes resultados. A maior parte das pessoas não é muito mais alta ou baixa que a média, e a altura delas vai ter apenas um pequeno efeito no seu risco individual de câncer", diz ela.

"Não podemos controlar nossa altura, mas há várias escolhas de estilo de vida que as pessoas podem fazer que, como sabemos, podem ter um grande impacto na redução do risco de câncer, como parar de fumar, beber moderadamente, manter um peso saudável e ter uma vida ativa."