07 setembro 2011

Pessoas que dormem mais tarde têm mais pesadelos, aponta estudo

Fonte: Live Science

Algumas pessoas preferem ir para a cama mais tarde, mas essa prática pode trazer problemas. Um novo estudo desenvolvido na Universidade de Notre Dame (EUA) aponta que pessoas que se deitam mais tarde correm mais riscos de terem pesadelos.

Pesquisas mostram que 80% dos adultos têm pelo menos um pesadelo por ano, sendo que 5% dessas pessoas têm sonhos ruins mais de uma vez por mês. Para esse novo estudo, 264 universitários foram entrevistados quanto a hábitos de sono e frequência de pesadelos. Os sonhos ruins foram classificados como sonhos associados a medo, ameaça ou terror.

Os estudantes foram divididos entre pessoas que preferiam a noite e pessoas que preferiam a manhã. Pessoas dos dois grupos indicaram em uma tabela a frequência com a qual elas tinham pesadelos de acordo com uma pontuação entre zero e quatro. As pessoas que preferiam a noite tiveram uma média de 2,10 pontos, sendo que a média das pessoas que preferiam as manhãs foi de 1,23 pontos.

Os cientistas não sabem exatamente porque pessoas que dormem mais tarde têm mais pesadelos. Uma explicação possível é que esses indivíduos têm mais chances de terem estilos de vida estressantes e também distúrbios de humor. Outra explicação está ligada ao fato de que pessoas que preferem a noite tinham maior facilidade de se lembrarem dos seus sonhos. O hormônio do estresse, o cortisol, também pode estar envolvido. Alterações em horários de sono podem fazer com que a pessoa esteja dormindo quando os níveis do hormônio estiverem elevados, causando sonhos ruins vívidos.

Existem poucas pequisas feitas nessa área. Para os cientístas, é importante que mais estudos sejam desenvolvidos sobre as origens dos pesadelos, para que seja possível fazer com que eles sejam menos frequentes ou até mesmo desapareçam.

O estudo foi publicado no periódico Sleep and Biological Rhythms.

05 setembro 2011

Células ricas em gordura podem levar à reversão da calvície, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Células da pele ricas em gordura podem ter sido identificadas como fonte das substâncias necessárias para fazer o cabelo crescer, de acordo com uma pesquisa realizada por cientistas americanos.

Experimentos realizados em camundongos, publicados na revista científica Cell, indicam que as células-tronco do cabelo são controladas pela gordura.

Injetar um tipo específico de célula gorda estimulou o crescimento de pelos nos camundongos que tinham dificuldade em fazê-los crescer.

A equipe, da Universidade de Yale, afirma ser possível usar a descoberta para tratamentos de reversão da calvície.

Folículos

Os cientistas dizem que houve um aumento de quatro vezes no número de células gordas "precursoras" na pele em volta de um folículo de cabelo quando este começou a crescer.

Os pesquisadores observaram camundongos que não conseguiam produzir estas células ricas em gordura. O cabelo normalmente cresce em ciclos, mas nos animais "defeituosos", os folículos ficaram presos em um estágio inerte deste processo.

Os cientistas injetaram células gordas dos camundongos sadios nos animais com problema. Duas semanas depois, os folículos começaram a crescer.

O estudo mostra que as células "precursoras" estavam produzindo uma substância química - um fator de crescimento derivado das plaquetas do sangue - cem vezes mais do que as células em sua volta.

Ao injetar o fator de crescimento na pele dos camundongos com problemas, o processo de crescimento foi iniciado em 86% dos folículos.

"Essas células precursoras contêm o fator de crescimento derivado das plaquetas para promover o crescimento de cabelo", propõe o estudo.

Outras substâncias

A equipe continua tentando identificar outras substâncias químicas que possam estar envolvidas no processo.

No entanto, ainda não se sabe se os mesmos processos químicos ocorrem com os seres humanos.

Estudos anteriores realizados com homens mostram que as partes calvas do couro cabeludo têm o mesmo número de células-tronco que as áreas com cabelo.

"Se nós conseguirmos fazer essas células gordas da pele 'conversar' com as células-tronco inertes na base dos folículos do cabelo, podemos conseguir fazer o cabelo crescer novamente", diz a professora Valerie Horsley, de Yale.

O estudo indica que as células ricas em gordura podem ter outras funções envolvendo células-tronco, tais como a formação de tumores ou a cura de ferimentos.

03 setembro 2011

Ômega-3 reduz a gravidade do AVC

Fonte: UPI

O ômega-3 é um ácido graxo encontrado em peixes como o salmão, e diversos estudos têm mostrado seus benefícios para saúde humana. Agora, pesquisa realizada na Universite Laval, no Canadá, mostra que uma dieta rica em ômega-3 reduz a gravidade dos danos cerebrais causados por acidente vascular cerebral (AVC).

A pesquisa foi realizada com dois grupos de camundongos: um que recebeu dieta rica em ômega-3 e outro com uma dieta convencional, ao longo de três meses. Os pesquisadores observaram que os efeitos de AVC foram 25% menos graves em ratos que tinham sido alimentados com uma dieta rica em ômega-3 do que nos animais do grupo controle.

Nos camundongos do grupo que recebeu ômega-3, observou-se uma redução nas concentrações de moléculas que estimulam a inflamação do tecido e uma maior quantidade de moléculas que impedem a ativação da morte celular.

"Esta é a primeira demonstração convincente do efeito anti-inflamatório do ômega-3 no cérebro", diz Jasna Kriz, um dos autores da pesquisa. "Essa proteção resultada efeito da substituição de moléculas na membrana neuronal: o ômega-3 substitui parcialmente o ácido araquidônico, um ácido graxo ômega-6 conhecido por suas propriedades inflamatórias".

O consumo de ômega-3 cria um ambiente anti-inflamatório e neuroprotetor no cérebro que reduz os danos na sequência de um acidente vascular cerebral. "Isso evita uma resposta inflamatória aguda que, se não controlada, é prejudicial ao tecido cerebral", conclui Kriz

Cientistas querem produzir pílulas de proteção solar a partir de corais

Fonte: BBC Brasil

Cientistas esperam utilizar o sistema de defesa natural dos corais contra os nocivos raios ultravioleta do Sol (UV) para produzir uma pílula de proteção solar para consumo humano.

Uma equipe da universidade King's College, de Londres, visitou a Grande Barreira de Corais da Austrália para desvendar os processos genéticos e bioquímicos por trás do dom inato destes animais.

Ao estudar algumas amostras da espécie ameaçada de coral Acropora, os cientistas acreditam poder reproduzir em laboratório os principais componentes responsáveis pela proteção solar.

Testes com pele humana devem começar em breve.

Antes de criar uma versão em forma de comprimido, a equipe, liderada pelo professor Paul Long, pretende testar uma loção contendo os mesmos componentes encontrados no coral.

Para fazer isso, os pesquisadores vão copiar o código genético usado pelos corais para criar os componentes e colocá-los, em laboratório, dentro de bactérias que podem se reproduzir rapidamente, a fim de proporcionar uma produção em grande escala.

"Nós não poderíamos e não quereríamos usar o coral em si, já que ele é uma espécie ameaçada", disse Paul Long.

Corais e algas

Segundo o professor, se sabe há algum tempo que os corais e algumas algas podem proteger-se dos raios UV em climas tropicais ao produzir seus próprios filtros solares, mas, até agora, eles não sabiam como isto ocorria.

"O que nós descobrimos é que as algas que existem dentro dos corais produzem um componente que acreditamos ser transportado para o coral, que então o transforma em um protetor solar, tanto para benefício próprio quanto da alga", afirma Long.

"Isto não só os protege dos danos dos raios UV, mas notamos que os peixes que se alimentam do coral também se beneficiam dessa proteção solar, então isto é claramente passado na cadeia alimentar."

Isto pode ocasionar, em algum momento, que as pessoas possam desenvolver uma proteção solar interior para sua pele e seus olhos ao tomar um comprimido contendo esses componentes.

Loção

Mas, por enquanto, a equipe de Long está concentrando seus esforços em uma loção.

"Assim que nós recriarmos os componentes, poderemos colocá-los em uma loção e testá-la em pedaços de pele descartados depois de cirurgias plásticas", diz Long.

"Nós não saberemos quanta proteção solar (a loção) poderá dar até que estejamos realizando testes", afirma. "Mas há a necessidade de melhores protetores solares."

Outro objetivo de longo prazo do estudo, financiado pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Biotecnológicas e Biológicas britânico, é observar se os processos também podem ser usados para desenvolver a agricultura sustentável nos países em desenvolvimento.

Os componentes naturais de proteção solar encontrados nos corais podem ser usados para produzir lavouras tolerantes aos raios UV, capazes de suportar a violência do Sol em climas tropicais.

02 setembro 2011

EUA reconhecem morte de 83 guatemaltecos em estudo sobre sífilis

Fonte: BBC Brasil

O governo dos Estados Unidos reconheceu nesta segunda-feira a morte de 83 cidadãos da Guatemala, infectados nos anos 1940 com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e gonorreia, durante experimentos médicos.

Uma comissão de inquérito, formada a pedido do presidente americano, Barack Obama, concluiu que cerca de 1.300 pessoas foram expostas às doenças.

Ao todo, 5.500 pessoas participaram dos estudos, sem saber dos riscos que corriam, segundo declarações de um dos investigadores, Stephen Hauser.

Entre os infectados, apenas 700 receberam tratamento médico. Ao fim, 83 morreram.

A sífilis pode causar cegueira, distúrbios mentais e até a morte, caso os doentes não recebam o devido tratamento.

Menos nociva e mais fácil de curar que a sífilis, a gonorreia pode se espalhar pelo organismo e até causar infertilidade nos homens.

A comissão reconheceu que os cientistas americanos infectaram prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos guatemaltecos em estudos que testavam a abrangência do uso da penicilina.

A presidente da comissão, Amy Gutmann, classificou o estudo como “um pedaço vergonhoso da história médica”. Um relatório deve ser publicado em setembro com as conclusões finais sobre o caso.

Obama fez um pedido de desculpas por telefone ao presidente da Guatemala, Álvaro Colom, dizendo que os estudos contrariam os valores americanos.

No início deste ano, vários cidadãos guatemaltecos infectados à época e familiares das vítimas anunciaram que estavam abrindo um processo contra o governo americano.

Pesquisa

A história dos experimentos americanos na Guatemala veio à tona no ano passado, fruto de uma pesquisa histórica da professora Susan Reverby, do Wellesley College, de Massachusetts.

Segundo a acadêmica, o governo guatemalteco da época deu permissão aos estudos, que ocorreram entre 1946 e 1948.

Os cientistas usaram prostitutas portadoras da sífilis e fizeram inoculações nos pacientes para determinar se a penicilina também poderia evitar a doença, e não apenas curá-la.

Na ocasião, o presidente Colom classificou os estudos como “crime contra a humanidade” por parte dos Estados Unidos.

Estudo vincula consumo de chocolate a redução de 30% em doenças cardíacas

Fonte: BBC Brasil

O consumo de chocolate em grandes quantidades pode estar associado a uma redução de um terço nos riscos de desenvolvimento de certas doenças cardíacas, segundo um estudo britânico.

O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, confirma resultados de investigações anteriores sobre o assunto que, de maneira geral, encontraram evidências de um possível vínculo entre o consumo de chocolate e a saúde do coração.

Os autores enfatizam, no entanto, que é preciso fazer mais testes para saber se o chocolate realmente causa essa redução ou se ela poderia ser explicada por algum outro fator.

A equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, apresentou seu trabalho no congresso da European Society of Cardiology, nesta segunda-feira, em Paris.

Investigação

Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).

Entretanto, ainda não está claro de que forma o chocolate afetaria o coração.

Em uma tentativa de esclarecer a questão, o pesquisador Oscar Franco e seus colegas da Universidade de Cambridge fizeram uma revisão em grande escala de sete estudos sobre o assunto envolvendo cem mil pessoas, com e sem problemas no coração.

Os especialistas estavam particularmente interessados em avaliar os efeitos do consumo de chocolate sobre ataques cardíacos e acidentes vasculares (ou derrames).

Em cada estudo, a equipe comparou o grupo de participantes que comia a maior quantidade de chocolate ao resultado do grupo que comia a menor quantidade do alimento. Para evitar distorções, a equipe levou em conta diferenças de metodologia e qualidade dos estudos.
Chocolate

Estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite

Cinco estudos encontraram uma associação positiva entre índices mais altos de consumo de chocolate e um menor risco de problemas cardiovasculares.

"Os índices mais altos de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% em doenças cardiovasculares e uma redução de 29% na incidência de derrames em comparação aos índices mais baixos (de consumo)", os autores escreveram.

Não foram encontradas evidências significativas de redução em casos de falência cardíaca.

Os estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite. Entre os alimentos consumidos pelos participantes estavam barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas contendo chocolate.

Segundo a equipe britânica, as conclusões do estudo precisam ser interpretadas com cautela, porque o chocolate vendido comercialmente é altamente calórico (contendo cerca de 500 calorias por cada cem gramas) e sua ingestão em grandes quantidades poderia resultar em ganho de peso, o que aumentaria os riscos de diabetes e doenças cardíacas.

Entretanto, os especialistas recomendam que, dados os benefícios do chocolate para a saúde, iniciativas para reduzir a quantidade de gordura e açúcar nos produtos deveriam ser exploradas.

Altas doses de citalopram oferecem riscos

Fonte: FDA

A Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental americano que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos emitiu um depoimento com alertas a respeito do antidepressivo Celexa (hidrobrometo de cilatopram). De acordo com a FDA, doses diárias maiores que 40 mg podem causar mudanças na atividade elétrica do coração (prolongação do intervalo QT do eletrocardiograma), dando origem a ritmos anormais do órgão (como Torsade de Pointes) – um problema potencialmente fatal.

Pacientes que estão no grupo de risco de prolongação do intervalo QT incluem pessoas com condições cardíacas subjacentes e pessoas que sejam predispostas a terem níveis baixos de magnésio e potássio na corrente sanguínea.

A embalagem do citalopram tinha um aviso que afirmava que alguns pacientes poderiam precisar de doses diárias de 60 mg, mas pesquisas feitas sobre o medicamento não encontraram benefícios no consumo de doses maiores do que 40 mg por dia da substância.

De acordo com as recomendações da FDA, o citalopram não deveria ser prescrito em doses diárias maiores do que 40 mg e não deve ser usado por pessoas com síndrome do QT longo ou que sejam predispostas ao desenvolvimento de Torsade de Pointes. Os fabricantes do citalopram já alteraram a embalagem do medicamento, incluindo as novas recomendações de nova dosagem e uso.