22 março 2010

Técnica de 'lavagem cerebral' pode aumentar sobrevivência de prematuros

Fonte: BBC Brasil

Uma técnica criada por pesquisadores britânicos, que "lava o cérebro" de bebês muito prematuros, poderá ajudar na sobrevivência destas crianças.

O estudo, da Universidade de Bristol, envolveu 77 bebês prematuros. O sangramento no cérebro é um dos problemas mais temidos para a maioria destes bebês, pois pode causar dano cerebral ou até mesmo levar à morte.

A técnica dos pesquisadores britânicos, que envolve a drenagem do cérebro durante a introdução de um novo fluido no lugar, pode reduzir este risco.

Os cientistas afirmam que o procedimento é realizado durante alguns dias na criança e é necessário um acompanhamento para garantir que a pressão no cérebro do bebê não aumente muito.

Mas a técnica só poderá ser usada em bebês muito prematuros, com grandes hemorragias, que podem levar o cérebro e a cabeça a se expandirem muito, em um problema conhecido como hidrocefalia.

O neurocirurgião pediátrico Ian Pople, um dos líderes da pesquisa, disse à BBC que espera que a técnica esteja disponível em breve no sistema de saúde público da Grã-Bretanha.

"Esta é a primeira vez que qualquer tratamento, em qualquer lugar do mundo, mostrou benefícios para estes bebês tão vulneráveis", afirmou.

Atualmente o tratamento padrão para crianças prematuras consiste em inserir várias vezes agulhas na cabeça ou na coluna para remover o excesso de fluidos acumulados, durante alguns meses, antes que um dreno seja inserido para retirar o fluido pelo abdome.

A pesquisa da Universidade Bristol, publicada na revista especializada Pediatrics, descobriu que o novo tratamento, chamado de Drift, é mais eficaz.

Primeiro bebê

Um dos primeiros bebês que recebeu o novo tratamento, durante os primeiros testes, foi o britânico Isaac Walker-Cox, de South Gloucestershire, hoje com nove anos.

Ele tinha apenas 1% de chances de sobrevivência quando nasceu, 13 semanas antes do tempo previsto.

A mãe, Rebekah Walker-Cox, afirmou que o menino atualmente tem uma leve paralisia no lado esquerdo do corpo, mas leva uma vida normal.

"Ele não tem nenhum problema mental, sua média de leitura é acima do normal e ele é muito bom com computadores. Ele leva a vida normalmente e é um menino expansivo e feliz", afirmou.

"Esta nova pesquisa é muito interessante e sempre aprovamos qualquer (pesquisa) que tenha o potencial de melhorar os resultados para bebês nascidos doentes ou prematuros", disse Andy Cole, da instituição de caridade britânica para crianças prematuras Bliss.

"Os primeiros resultados desta pesquisa são encorajadores e estamos ansiosos para ver como estas descobertas podem ser traduzidas para os tratamentos que podem garantir melhores resultados para estes bebês tão vulneráveis", acrescentou.

21 março 2010

Brasil adota novo critério para casos de dengue

Fonte: Agência Estado

O Brasil vai adotar, a partir de 2011, uma nova classificação dos casos de dengue para simplificar a identificação dos doentes mais graves e melhorar a assistência e o acompanhamento da evolução da doença. Em vez das três classificações utilizadas hoje - dengue clássica, com complicações e febre hemorrágica da dengue (ou síndrome do choque da dengue) - existirão duas alternativas: dengue sem gravidade/severidade ou dengue grave/severa. A última indicará os casos que demandam maior atenção, caracterizados, por exemplo, por hemorragias.

A alteração ocorrerá segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas no fim de 2009, destacou o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, no 46.º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Um estudo feito em sete países das Américas e do sudeste asiático encontrou muitas diferenças na definição sobre o que é um caso grave. Haverá uma mudança no sistema brasileiro de informação e espera-se captar melhor essas situações. A alteração foi elogiada por especialistas.

No modelo atual, são requisitados exames para que a dengue seja classificada como hemorrágica e os resultados muitas vezes são difíceis de ser obtidos a tempo. No Brasil há outra dificuldade: a classificação da dengue com complicações, que envolve casos que registram comprometimento de outros órgãos, como problemas neurológicos. Esses casos passarão a ser classificados como severos, junto com os hemorrágicos. Até pouco tempo, o governo não divulgava os casos com complicações em outros órgãos.

Menino recebe traqueia feita com células-tronco

Fonte: BBC Brasil

Um garoto britânico de dez anos de idade tornou-se a primeira criança a receber um transplante de traqueia feita com células tronco, disse nesta sexta-feira o hospital Great Ormond Street Hospital for Children, em Londres, que realizou a cirurgia esta semana.

Os médicos dizem que o garoto respira normalmente.

Os médicos britânicos e italianos responsáveis pelo transplante inédito esperam que o procedimento reduza em muito o risco de rejeição já que o sistema imunológico do garoto não deve repelir a nova traqueia.

Esta foi a primeira vez que uma traqueia inteira foi transplantada.

Condição rara

Do órgão doado, foram retiradas células do doador, deixando apenas a armação de colágeno. Foram então injetadas células-tronco do garoto na armação.

Os médicos esperam que no próximo mês as células-tronco se transformem em células especializadas que formem o interior e o exterior da traqueia.

O garoto apresenta estenose traqueal congenital, uma malformação rara caracterizada pelo baixo calibre da via aérea. Quando nasceu, sua traqueia media apenas 1 milímetro de largura.

"É como respirar através de um canudo", afirmou o comunicado do hospital.

O pesquisador italiano de células-troco, Paolo Macchiarini, do hospital Universitário de Florença fez parte da equipe médica.

16 março 2010

Brasil acelera redução de gravidez na adolescência

Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde

Número de partos de adolescentes pelo SUS caiu mais de 22% na segunda metade da década passada. Entre 2000 e 2009, queda foi de 34,6%

O ritmo de queda no número de partos na adolescência acelerou nos últimos cinco anos na rede pública.
Dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que a quantidade desses procedimentos em adolescentes de 10 a 19 anos caiu 22,4% de 2005 a 2009. Na primeira metade da década passada, a redução foi de 15,6%. De 2000 a 2009, a maior taxa de queda anual ocorreu no ano passado, quando foram realizados 444.056 partos em todo o País – 8,9% a menos que em 2008. Em 2005, foram registrados 572.541. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6%.

O Ministério da Saúde atribui essa tendência às campanhas destinadas aos adolescentes e à ampliação do acesso ao planejamento familiar. Só no ano passado, foram investidos R$ 3,3 milhões nas ações de educação sexual e reforço na oferta de preservativos aos jovens brasileiros. Nos últimos dois anos, 871,2 milhões de camisinhas foram distribuídos para toda a população. Qualquer pessoa pode retirar as unidades nos postos de saúde.

Nesses locais, os adolescentes também recebem o apoio de um profissional de saúde para avaliar qual é o método contraceptivo mais adequado ao estilo de vida dos parceiros. Entre as opções, estão as pílulas anticoncepcionais, a injeção de hormônios e o DIU. A dupla proteção – o uso do método contraceptivo associado ao preservativo – é recomendada para que, além de evitar uma gravidez, os jovens se previnam de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids.

A coordenadora de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, avalia que o sistema público está cada vez mais preparado para receber adolescentes e dar orientações sobre a saúde sexual deles. Mesmo assim, o planejamento familiar nessa faixa etária ainda enfrenta resistência por causa de preconceito. “Até hoje, alguns adultos têm dificuldade de compreender que o adolescente é um indivíduo sexuado e, em seu processo de crescimento, ele vai descobrir e ter relações afetivas”, destaca.

“Reconhecer os direitos sexuais e reprodutivos desse grupo é uma conquista do Brasil”.

Atualmente, os adolescentes do sexo masculino vêm procurando cada vez mais o serviço público de saúde no intuito de retirar os preservativos. “Nossa prioridade agora é para que o rapaz seja envolvido em outras ações, inclusive nas situações de gravidez da parceira ou da namorada. Estimulamos que ele acompanhe o pré-natal e o parto, participando do dia a dia da companheira e cuidando da própria saúde”, explica Thereza de Lamare.

EDUCAÇÃO SEXUAL – Em 2003, o governo federal iniciou uma série de ações de prevenção de DSTs em colégios públicos. Por meio de uma parceria entre os ministérios da Saúde e Educação, profissionais das equipes do Saúde da Família tornaram-se parceiros dos professores da rede pública e levaram para a sala de aula conteúdos de saúde sexual e reprodutiva. As atividades foram incorporadas pelo Programa Saúde na Escola (PSE), implementado em 2008.

Atualmente, o PSE é uma das ferramentas de conscientização dos estudantes de ensino médio para prevenir DSTs e evitar gravidez indesejada. Mais de 8 milhões de alunos de 54 mil escolas já foram orientados. Dessas, quase dez mil distribuem preservativos. O programa alcança atualmente 1.306 municípios brasileiros.
Além disso, o MS começou a produzir as Cadernetas de Saúde do Adolescente no ano passado. A cartilha contém informações sobre temas essenciais para os mais jovens, como alimentação, saúde sexual e reprodutiva e uso de drogas. No total, foram entregues 4 milhões de cadernetas em 451 municípios. A previsão para 2010 é distribuir mais 5 milhões nos postos de saúde. O Ministério da Educação também vai enviar 6 milhões de cartilhas para as unidades básicas de saúde dos municípios onde foi implementado o PSE.

DIFERENÇAS REGIONAIS – A maior redução no número de partos de adolescentes, nos últimos cinco anos, ocorreu na Região Nordeste (26%). Em 2005, foram 214.865 procedimentos contra 159.036 no ano passado. O Centro-Oeste vem em seguida, com 32.792 partos – 24,4% a menos que em 2005. Abaixo da taxa média de queda, estão: Sudeste (20,7%), Sul (18,7%) e Norte (18,5%).

15 março 2010

Medicamentos da Novartis falham em ajudar pacientes de risco

Fonte: Folha Online

O medicamento para diabetes Starlix, da Novartis, falhou no objetivo de reduzir a progressão da doença e diminuir o risco de problemas cardíacos em pacientes de risco tanto por diabetes quanto por doenças cardíacas, conforme um estudo divulgado.

O Starlix e o Diovan, medicamento para pressão sanguínea líder de vendas, foram testados em 9.306 pacientes.

O Diovan reduziu a evolução do diabetes a 14%, em relação a um placebo, mas falhou em diminuir o risco de sérios problemas cardíacos, de acordo com os pesquisadores, que apresentaram os resultados em uma conferência da American College of Cardiology, em Atlanta.

A falha do Starlix em beneficiar esses pacientes e a ineficiência do Diovan quanto ao impacto cardíaco surpreenderam os pesquisadores.

O Starlix minimiza a presença de açúcar no sangue após as refeições por meio da estimulação do pâncreas a produzir mais insulina.

"Muitos estudiosos acreditavam que o princípio ativo do Starlix preveniria o diabetes enquanto o do Diovan reduziria eventos cardiovasculares nesses pacientes", disse o médico Robert Califf, que conduziu o estudo.

14 março 2010

60 mil salas de saúde vacinarão contra hepatite B

Fonte: Portal da Saúde - Ministério da Saúde - http://portal.saude.gov.br/

Manicures, caminhoneiros e gestantes estão entre os novos beneficiados. Para atender à demanda, formam adquiridas 18 milhões de doses a mais do que em 2009

A vacina contra a hepatite B está disponível a partir deste mês em todas as unidades de vacinação do Sistema Único de Saúde. Assim, passou de pouco mais de 30 salas em todo o país onde a oferta era obrigatória, para cerca de 60 mil. Tem direito a vacina os menores de 1 ano e crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Para as demais faixas etárias, houve um aumento da abrangência, com foco na população mais vulnerável. Entre os grupos prioritários, caminhoneiros, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e gestantes. Manicures, pedicures e podólogos também estão no rol dos novos beneficiados, assim como lésbicas, bissexuais, transgêneros e pessoas que vivem em assentamentos e acampamentos.

O Ministério da Saúde adquiriu 33 milhões de doses, que serão oferecidas ao longo do ano de 2010 – 18 milhões a mais do que o destinado no ano anterior. A imunização contra a doença é uma das principais medidas de prevenção. Após as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite B.

No Brasil, 7,44% da população de 10 a 69 anos já teve contato com o vírus da hepatite B (VHB), de acordo com dados do Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do País. A evolução para a forma crônica ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos adultos expostos ao vírus, que podem ainda desenvolver cirrose e câncer de fígado.

A hepatite viral B é transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal. Pode ocorrer pela relação sexual desprotegida ou pelo compartilhamento de objetos contaminados, como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, equipamentos de manicures e podólogos, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens. Também há risco de infecção quando usuários de drogas usam instrumentos comuns – tanto no caso das injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), como das inaláveis (cocaína) e das pipadas (crack). A transmissão também pode ocorrer da mãe infectada para o bebê. Acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança, são fatores de exposição à infecção pela hepatite B.

Veja o que muda na vacinação: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11156

Cientista descobre como talidomida provoca má-formação em fetos

Fonte: O Estadão de São Paulo

Estudo pode ajudar a desenvolver alternativas seguras ao remédio, que é usado, por exemplo, contra hanseníase

Cientistas japoneses desvendaram como a talidomida interfere no desenvolvimento de fetos e provoca má-formação. A descoberta abre as portas para o desenvolvimento de alternativas seguras ao remédio que mantenham eficácia terapêutica, mas sem efeitos adversos.

A droga foi proibida na década de 60 depois que milhares de crianças nasceram com atrofia dos membros ou problemas cardíacos. Voltou ao mercado na década seguinte - sob rigorosa legislação -, pois constitui uma boa alternativa para tratamento de doenças como hanseníase, lúpus, câncer na medula óssea e artrite reumatoide.
Hoje, a talidomida chega a ser indicada para até 60 tipos de tratamentos, que incluem alívio dos sintomas de portadores do HIV e diminuição do risco de rejeição em transplantes de medula. Contudo, o acesso é restrito a pacientes cadastrados nos programas públicos de saúde.

O estudo mostrou como a talidomida liga-se a uma enzima chamada cereblon, muito importante nos dois primeiros meses do feto para o desenvolvimento dos membros. A ligação torna inativa a enzima, o que provoca a má-formação.

"Agora queremos identificar os mecanismos químicos da talidomida responsáveis pelos efeitos anticâncer", afirma o coordenador da pesquisa, Hiroshi Handa, do Instituto de Tecnologia Tóquio. Dessa forma, os cientistas esperam criar derivados da talidomida que não reajam com a enzima cereblon, mas sejam eficazes no tratamento das doenças.

"Já havia uma corrida das indústrias farmacêuticas para desenvolver um derivado seguro da talidomida", conta Lavinia Schüler Faccini, chefe do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "Afinal, é um medicamento com muitas aplicações."

Lavinia aponta que a descoberta, divulgada na revista Science, deve acelerar as pesquisas na área. Ao Estado, Handa preferiu uma previsão conservadora. "Levarão vários anos para desenvolvermos alternativas e derivados mais seguros da talidomida", afirmou.

Mesmo assim, Claudia Marques Maximino, da Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida, não escondeu a alegria ao conhecer a pesquisa. "A talidomida destruiu parte dos nossos sonhos, mas eu sei que ela ajuda outras pessoas a recuperarem seus sonhos aliviando muitas doenças", afirma Claudia. "Quando ela não apresentar mais riscos, todos poderão sonhar juntos."

A associação foi uma das principais responsáveis pelas recentes vitórias legais das vítimas do medicamento (mais informações nesta página). Claudia sonha com o dia em que poderá fechar a entidade por não existirem mais casos de recém-nascidos com a síndrome. Lavinia recorda que o Brasil foi o único país que registrou casos de má-formação fetal causada por talidomida depois do ano 2000.

Atualmente, a venda do medicamento é proibida. Só um laboratório público no País pode produzi-lo - a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Além de levar a prescrição médica, o paciente precisa assinar um termo de responsabilidade antes de retirar o remédio nos postos de saúde.

Segundo dados da Funed, a demanda anual do Ministério da Saúde é de 7 milhões de pílulas com 100 miligramas de talidomida cada uma.

No ano passado, a fundação bateu o recorde de produção, com cerca de 8 milhões de unidades até novembro.

COBAIAS

Na década de 50, os testes pré-clínicos do medicamento foram realizados com ratos e camundongos. Contudo, os dois roedores são imunes aos efeitos adversos da talidomida. Por isso, só foi possível descobrir que o remédio não poderia ser administrado a mulheres grávidas quando surgiram os primeiros casos de bebês com problemas.

Por isso, os pesquisadores japoneses utilizaram outros tipos de cobaias: o peixe-zebra - também conhecido como paulistinha - e galinhas. Os dois animais sofrem danos de má-formação análogos aos observados em humanos: nascem sem nadadeiras ou asas.

Os cientistas desenvolveram variedades transgênicas desses animais que produziam um tipo de enzima cereblon incapaz de se ligar à talidomida. Expostos ao medicamento no início do seu desenvolvimento, peixes e aves transgênicos não apresentaram sinais de má-formação.

CCJ aprova projeto que proíbe fumódromos em todo o país

FONTE: Portal da Saúde - Ministério da Saúde - http://portal.saude.gov.br/
Proposta que acaba com o fumo em ambientes fechados tem o apoio do Ministério da Saúde. No Brasil, 2.655 pessoas morrem por ano devido ao tabagismo passivo.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, na manhã desta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 315/08, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC). A proposta, que tem o apoio do Ministério da Saúde, proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público.

“Estou muito satisfeito com a aprovação da CCJ do Senado. Do ponto de vista da política tabagista, em que o Brasil é liderança mundial, essa é uma questão primordial. Doze estados já aprovaram leis estaduais, vários municípios também, mas nós temos que ter uma lei federal que dê respaldo a essas iniciativas”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele acrescenta que o banimento do fumo passivo é uma grande conquista de saúde pública. “Há profissionais, como os garçons, que não fumam e trabalham em ambientes expostos à fumaça. O Inca já fez um estudo mostrando que o impacto do fumo passivo é muito sério”, ressalta.

Atualmente, a lei federal 9.294/96 proíbe o fumo em recintos coletivos, mas permite fumar em áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que o local seja devidamente isolado e com arejamento conveniente – os chamados fumódromos. O PLS 315/08 acaba com essas áreas.

FUMANTES PASSIVOS - A lei que está em vigor é considerada defasada em relação às práticas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda ambientes 100% livres do fumo como a única forma de proteger os fumantes dos riscos do tabagismo passivo. Apesar de a lei estabelecer locais exclusivos para os fumantes, na prática, a maioria dos bares, restaurantes e casas noturnas mantém seus funcionários trabalhando nesses locais. A mudança na lei vai proteger esses trabalhadores e outros fumantes passivos, que correm sérios riscos de desenvolverem câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.

Estudo realizado, em 2008, pelo Instituto Nacional do Câncer e o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, apontou que, pelo menos, 2.655 não-fumantes morrem a cada ano no Brasil por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%). Os níveis de fumaça ambientais de tabaco em restaurante chegam a ser duas vezes maiores em restaurantes do que em outros locais de trabalho, como escritórios. Os níveis em bares chegam a ser quase seis vezes maior do que nos escritórios.

As pessoas que não fumam, mas que são submetidas ao tabagismo passivo têm 30% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão e 24% de chance a mais de infarto do coração e doenças cardiovasculares. Pneumonia, sinusite e asma também estão entre as doenças que os fumantes passivos podem ter que enfrentar.

A fumaça que sai da ponta do cigarro contém, em média, o triplo de nicotina e monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A política tabagista do Ministério da Saúde apresenta resultados positivos. Estudo divulgado em 2009, o Vigitel, mostrou que o consumo de cigarros entre os jovens brasileiros caiu mais de 50% nos últimos 20 anos. Em 2008, 14,8% dos jovens entre 18 e 24 anos tinham o hábito de fumar, contra 29% em 1989. O índice nacional é de 16,1%. Um dos fatores mais importantes no controle do tabagismo é evitar o início do vício entre adolescentes e jovens. A existência de leis antitabagistas e ações educativas contribuem para que os jovens fumem menos.

TRAMITAÇÃO - Com a aprovação na CCJ do Senado, o projeto segue para avaliação da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). De lá, caso não haja manifestação por parte dos senadores para avaliar em plenário, a matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Se receber modificações nessa Casa, volta para análise do Senado.

TABAGISMO NO BRASIL
16,1% dos brasileiros fumam
Queda de 43,4% no consumo de cigarros no Brasil em 20 anos

Entre os jovens, esse índice foi de 50%
10% dos jovens são ex-fumantes
53,9% das pessoas com 65 anos ou mais deixaram de fumar
200 mil pessoas por ano morrem no Brasil por causa do tabagismo

Fumantes passivos têm 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão
24% mais chance de ter infarto e doenças cardiovasculares

Filhos de gestantes que fumam têm o dobro de chance de nascer com baixo peso
70% mais chances de sofrer aborto espontâneo
Possibilidade de morrer ao nascer é 30% maior

Remédio contra osteoporose pode causar fratura no fêmur

Fonte: G1

Durante a reunião da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, em New Orleans, a apresentação de uma pesquisa da Columbia University chamou a atenção dos médicos e do público.

Segundo os pesquisadores, após cerca de 4 anos de uso, um tipo de medicação para osteoporose poderia estar associada a um tipo especifico de fratura do fêmur apesar de aumentar a densidade dos ossos em um primeiro momento.

Os bifosfonatos são remédios utilizados em larga escala no mundo todo e com sucesso na reversão e no controle da osteoporose.

O que a pesquisa demonstra é que após alguns anos, eles realmente melhoram os parâmetros analisados de densidade e quantidade do cálcio depositada nos ossos. Mas o fêmur, o osso longo da perna, estaria mais exposto a um tipo específico e mais raro de fratura.

As fraturas do fêmur mais comuns ocorrem por conta de quedas e traumatismos na região do quadril. As fraturas geralmente acontecem na região mais superior do fêmur, próximas à articulação do quadril. O tratamento, na grande maioria dos casos, é cirúrgico.

As fraturas associadas ao uso dos bifosfonatos aconteceriam relacionadas a eventos de pouca força ou até mesmo sem queda, somente por fragilizacão da camada mais externa do osso.

A teoria apresentada é apoiada pela análise do volume total de cálcio depositado no osso. O que - apesar de não afetar a resistência vertical dos ossos - poderia facilitar o colapso da camada mais externa do fêmur, a chamada córtex do osso.

A agência federal de medicamentos norte-americana, o FDA, está acompanhando a pesquisa e emitiu um comunicado reforçando que até o momento não existem evidências de risco de fratura ligado ao uso dos bifosfonatos, que continuam sendo medicamentos indicados no tratamento da osteoporose.

Um grupo de especialistas foi convocado pelo FDA para avaliar os dados do estudo apresentado e deverá se pronunciar novamente sobre o tema.

Para os pacientes que usam esses remédios, a indicação é de que continuem seu tratamento. Se não adequadamente tratada, a osteoporose é fator de risco para fraturas graves dos ossos.

Essas fraturas podem levar à necessidade de cirurgias e períodos de diminuição de mobilidade, aumentando a mortalidade precoce.

12 março 2010

Alzheimer: capacidade de argumentação pode ser indício de proteção contra a doença

Fonte: American Academy of Neurology

Pessoas com uma boa habilidade discursiva na juventude podem ter menos propensão a desenvolver a doença de Alzheimer, mesmo que existam outros indicadores da doença, diz estudo publicado no periódico Neurology. “Uma das coisas mais desafiantes no Alzheimer é como a doença atinge cada pessoa de uma forma diferente”, diz Juan Troncoso, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, EUA.

“Uma pessoa que tem sinais de Alzheimer pode não ter comprometimento da memória; outra, pode ter a perda completa dessas informações. Agora nós temos um indício de que a habilidade discursiva pode, de alguma forma, diminuir os sintomas da doença”, completa o pesquisador.

Para o estudo foram colhidos dados de mulheres que eram internas de um convento (o que facilitava encontrar registros escritos e catalogados para efeito de comparação, além dos registros médicos). Os pesquisadores então classificaram o nível gramatical e a complexidade da estrutura lógica dos registros escritos. Os indivíduos que demonstravam uma maior habilidade para compor estruturas lógicas de argumentação também mostraram menor perda de memória. O nível gramatical, entretanto, não mostrou correlações com a evolução da doença.

“Apesar de uma população limitada a um espaço muito específico, os resultados mostram que um teste de habilidade intelectual por volta dos 20 anos poderia dar pistas de como seria a manutenção da capacidade cognitiva décadas depois, mesmo se a pessoa tivesse indicações de Alzheimer”, diz Troncoso. “Talvez as habilidades mentais na juventude – época do final da maturação cerebral – possam indicar o quão preparados os organismos dessas pessoas estarão para lidar com doenças relativas ao cérebro no final da vida”, teoriza Troncoso.

OMS recomenda massificação de teste de diagnóstico da malária

Fonte: Folha Online

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou suas novas recomendações para combater a malária, entre as quais se destaca a de submeter todos os casos suspeitos a um teste de diagnóstico rápido, antes da prescrição de um tratamento.

Em grande parte dos países africanos, a febre é o fator determinante para declarar um caso de malária, o que faz com que sejam administrados equivocadamente remédios contra essa doença a pessoas que na realidade não a possuem.

O diretor do Programa sobre Malária da OMS, Robert Newman, explicou que essa situação provoca o aumento da resistência aos tratamentos mais recentes contra a malária, um dos principais problemas no combate desta doença.

Por essa razão, a nova direção da OMS recomenda o uso de um teste que custa US$ 0,50 e que, por sua simplicidade, pode inclusive ser utilizado fora de instalações médicas.

O novo teste passou por projetos-piloto para demonstrar que pode ser utilizado em zonas rurais e em comunidades carentes.

Só é preciso uma gota de sangue sobre um tipo de bastão, no qual o resultado aparece marcado em poucos minutos, confirmando ou descartando de maneira segura a presença no sangue dos parasitas responsáveis pela malária.

Segundo os últimos dados disponíveis, somente 22% dos casos suspeitos da doença são submetidos a provas de confirmação em 18 dos 35 países africanos que forneceram informações à OMS.

Newman afirmou que o objetivo da organização é promover um teste de diagnóstico universal.

Cerca de 15% dos brasileiros ainda fumam

Fonte: JB Online

Uma pesquisa realizada pelo International Tobacco Control (ITC) em 20 países e divulgada esta semana aponta que os brasileiros são os que mais se arrependem de ter começado a fumar: 91% dos fumantes do Brasil carregam, além do cigarro, um sentimento de culpa, e mais da metade - 51% - disseram que pretendem abandonar o hábito nos próximos seis meses.

No Brasil, a pesquisa ouviu 1.826 pessoas - das quais 1.211 fumantes - em três cidades: Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre abril e junho do ano passado.

A pesquisa revela também que a prevalência do tabagismo no Brasil apresentou uma redução de 33% em 1989 para 15% em 2008 - 19% para homens e 12% para mulheres. Entre os fumantes, cerca de 82% admitiram que o cigarro já causou algum problema de saúde, e 63% apoiam tanto as campanhas quanto as leis contra o fumo.

Para a supervisora de controle de câncer do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Cristina Perez, a pesquisa mostrou que as leis e iniciativas brasileiras, como advertências sanitárias com imagens nas embalagens de cigarros, têm sido eficazes em influenciar os fumantes a pensarem sobre os riscos à saúde causados pelo tabagismo, mas que o país pode avançar ainda mais no controle do tabaco.

- Com certeza um ambiente livre da fumaça do cigarro é um campo que precisamos avançar no Brasil. Estamos atrasados nesse ponto. É importante que as pessoas saibam o que é uma lei de proteção. Temos que continuar avançando na proteção das pessoas. Que pessoas deixem de fumar, tenham vidas mais saudáveis. Fumar em ambientes fechados é uma coisa que já é ultrapassada no mundo inteiro - diz Cristina Perez.

Legislação

Ecoando os sentimentos de Cristina, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que proíbe fumódromos em todo o país. A proposta tem o apoio do Ministério da Saúde, e proibiria o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público.

O projeto segue agora para a Comissão de Assuntos Sociais, e de lá, para apreciação da Câmara dos Deputados. Se receber modificações na Câmara, a matéria volta para o Senado e assim sucessivamente, até que as duas Casas cheguem a um consenso.

A lei federal em vigor proíbe o fumo em recintos coletivos fechados, como bares e restaurantes, mas permite fumar nos chamados fumódromos - áreas destinadas exclusivamente aos fumantes. O novo projeto proibiria esses recintos.

A Organização Mundial de Saúde recomenda ambientes 100% livres de fumo como a única maneira de evitar o tabagismo passivo. De acordo com um estudo realizado pelo Inca em 2008, os não fumantes que são submetidos ao tabagismo passivo têm 30% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão, e 24% de chance a mais de desenvolverem doenças cardiovasculares. A maioria das mortes - 60,3% - atribuíveis ao fumo passivo ocorre entre mulheres.

07 março 2010

O coração visto por dentro

Fonte: BBC Brasil



Graças a sofisticados aparelhos de ultrassonografia, cientistas da Universidade de Freiburg, na Alemanha, e do Imperial College de Londres conseguiram imagens inéditas do fluxo de sangue dentro do coração.

A cor azul marca o sangue passando pelo lado direito do coração em direção aos pulmões.

O vermelho e o amarelo representam o sangue que vem dos pulmões, passa pelo lado esquerdo do coração e é bombeado para o resto do corpo.

Os cientistas esperam que no futuro esse tipo de imagem ajude a identificar os problemas no coração de pacientes cardíacos.

06 março 2010

Farmácia Popular terá remédio contra gripe suína no dia 15 de abril

Fonte: Lígia Formenti/Agência Estado

O remédio para combater o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, estará disponível na rede própria do programa Farmácia Popular do Brasil.

De acordo com portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU), o Fosfato de Oseltamivir estará disponível a partir do dia 15 de abril - até 15 de março de 2011.

A distribuição do medicamento é gratuita e somente será feita com a apresentação e retenção da receita médica.

05 março 2010

Tendência à obesidade costuma ser definida antes dos 2 anos, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Uma pesquisa americana indica que a tendência à obesidade é definida antes dos dois anos de idade.

O estudo com mais de cem crianças e adolescentes obesos, publicado na revista médica Clinical Pediatrics, descobriu que mais da metade deles já estava acima do peso antes dos dois anos. Antes dos cinco anos, 90% deles já demonstravam sinais de obesidade.

Um quarto deles já estava acima do peso aos cinco meses de idade.

Apesar de as razões para o ganho de peso excessivo na infância e adolescência ainda não serem conhecidas, os pesquisadores dizem que alguns fatores que contribuem para isso são uma dieta inadequada, a introdução de alimentos a bebês muito cedo e a falta de exercício.

Hábitos alimentares

Os cientistas também dizem que as preferências alimentares já podem estar definidas entes dos dois anos de idade e que pode ser difícil modificar os hábitos das crianças mais tarde.

Segundo o coordenador do estudo, John Harrington, da Eastern Virginia Medical School, os resultados devem chamar a atenção dos médicos.

“Frequentemente, os médicos esperam que haja complicações médicas antes de começar o tratamento”, diz ele.

“Fazer com que pais e crianças mudem hábitos arraigados é um desafio monumental, repleto de decepções. O estudo indica que pode ser necessário discutir ganho de peso inapropriado no início da infância para que haja uma redução significativa na atual tendência de obesidade.”

Teste de DNA pode prever dieta mais eficiente, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Um simples teste de DNA poderia identificar a dieta mais eficiente para pacientes que querem perder peso, segundo um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos., cujos resultados foram apresentados na conferência da American Heart Association.

Negrito
Os resultados de um pequeno estudo preliminar, envolvendo 101 mulheres, mostrou que aquelas que adotaram a dieta considerada mais apropriada ao seu genótipo perderam de duas a três vezes mais peso do que as outras.

Segundo os especialistas, os resultados, apresentados na conferência da American Heart Association, são compatíveis com os de estudos anteriores, mas são necessárias mais pesquisas antes que a descoberta possa ser usada em escala comercial.

Interação entre genes e alimentos

O campo emergente da chamada nutrigenômica estuda como alimentos interagem com determinados genes.

Já é sabido há algum tempo que as pessoas reagem de maneira diferente a certos nutrientes, dependendo de seus genes.

A intolerância à lactose, por exemplo, é muito mais comum entre asiáticos e africanos do que entre pessoas de ascendência do Norte da Europa.

Este estudo avaliou como pessoas com diferentes genes reagiam a diferentes dietas para a perda de peso.

Os pesquisadores analisaram dados de 101 mulheres caucasianas, que forneceram uma amostra de DNA retirada da bochecha.

As mulheres seguiram três dietas diferentes ao longo de um ano. A primeira, muito baixa em carboidratos, a segunda baixa em carboidratos e alta em proteínas e a terceira baixa, ou muito baixa, em gorduras.

As voluntárias foram divididas em três genótipos, descritos como: o que reage positivamente a uma dieta baixa em carboidratos, o que reage positivamente a uma dieta baixa em gorduras e o que reage positivamente a uma dieta balanceada.

Os pesquisadores concluíram que as voluntárias que seguiram a dieta adequada ao seu genótipo perderam de duas a três vezes mais peso durante o período em comparação com as que seguiram a dieta que não era a mais adequada.

‘Intrigante’

Especialistas britânicos alertaram para o fato de que o estudo envolveu um número muito baixo de pessoas e não esclareceu quais genes estavam envolvidos.

A cientista Christine Williams, da Universidade de Reading, afirmou: “Este é um estudo muito intrigante – mas muito pequeno”.

Ela disse que seria bastante útil saber que genes foram avaliados no estudo.

“Ele corresponde a alguns de nossos próprios estudos que mostram que certos genótipos reagem mais positivamente do que outros a certos tipos de gordura, como dietas ricas em ácidos graxos tipo Omega-3”, disse ela.

Aids causa maioria das mortes de mulheres entre 15 e 49 anos, diz ONU

Fonte: BBC Brasil

A infecção pelo vírus HIV se transformou na principal causa de mortes e doenças de mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos) no mundo todo, de acordo com a Unaids, a agência das Nações Unidas para o combate à Aids.

A agência lançou um plano de ação de cinco anos para lidar com os fatores que colocam mulheres em risco, no início de uma conferência de dez dias sobre a situação das mulheres no mundo, em Nova York.

A agência advertiu que até 70% das mulheres no mundo todo sofrem violência, e esses maus tratos prejudicam a capacidade destas mulheres de negociar relações sexuais seguras com seus parceiros. Ou seja: elas podem estar sendo forçadas a fazer sexo sem preservativo, o que aumenta a chance de contaminação pelo HIV.

"A violência contra mulheres não deve ser tolerada", disse o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé.

"Ao tirar a dignidade das mulheres, estamos perdendo a oportunidade de aproveitar metade do potencial da humanidade para atingirmos as Metas do Milênio. Mulheres e meninas não são vítimas, elas são a força motriz que traz a transformação social", acrescentou.

Proporção
De acordo com a Unaids, em dezembro de 2008, 33,4 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo todo. Deste total, 15,7 milhões, quase metade, eram mulheres.

E a proporção de mulheres infectadas com o vírus da Aids aumentou em muitas regiões do mundo nos últimos dez anos.

Na África subsaariana, por exemplo, 60% das pessoas que tem o HIV são do sexo feminino. Na África do Sul, mulheres jovens têm probabilidade três vezes maior de ser infectadas com o HIV do que os jovens da mesma idade.

Cerca de 30 anos depois do início da epidemia do vírus no mundo, os serviços que atendem os portadores não atendem de forma adequada as necessidades específicas de mulheres e adolescentes, alertou a agência da ONU.

"A informação a respeito de saúde sexual e reprodutiva para mulheres e adolescentes com o vírus HIV ainda é limitada", afirmou Suksma Ratri, integrante da Rede Feminina Positiva da Indonésia e que participou do lançamento da Unaids.

"Elas precisam de um sistema de apoio amigável e adequado que permita que elas façam escolhas livres a respeito de sua sexualidade sem que sejam discriminadas ou estigmatizadas", afirmou.

O plano de ação lançado pela agência da ONU especificou alguns pontos de ação para que a ONU possa trabalhar junto com governos de vários países, sociedade civil e outros parceiros.

Entre os pontos principais deste plano está a melhora na coleta de informações e análise de como a epidemia afeta mulheres e a garantia de que a questão da violência contra a mulher seja incluída nos programas de prevenção do HIV.

O Brasil e vários outros países da América do Sul, da África e da Europa participam da iniciativa, juntamente com várias instituições ligadas à ONU e ONGs.

Congressos Médicos 2010

Atualizado: 05/03/2010

13º Congresso Brasileiro de Gastroenterologia Pediátrica
Data: 13 a 17 de Março/2010
Local: Belo Horizonte - MG
Site: http://www.gastroped2010.com.br
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XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Data: 14 a 18 de Março/2010
Local: Foz do Iguaçu - PR
Site: http://www.medtrop2010.com.br
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Curso e Simpósio Internacional - Enurese, incontinência diurna e outros distúrbios vesicais na infância
Data: 18 a 20 de Março/2010
Local: Rio de Janeiro - RJ
Site: http://www.iccs-latam.com.br
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IV Curso Nacional de ventilação Mecânica - I Curso Nacional de Sono
Data: 18 a 20 de Março/2010
Local: São Paulo - SP
Site: http://www.sbpt.org.br/cnvm
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V Atualização e Especialização em Cirurgia Dermatológica
Data: 18 a 20 de Março/2010
Local: São José do Rio Preto - SP
Site: http://www.cenacon.com.br/eventos/2010/dermato/index.php

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XXIV Encontro de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro
Data: 18 a 25 de Março/2010
Local: Rio de Janeiro - RJ
Site: http://www.sbacvrj.com.br/encontro-carioca/2010/
_____________________________________________________________

XVII Congresso Norte-Nordeste de Oftalmologia
Data: 19 a 21 de Março/2010
Local: Aracaju - SE
Site: http://www.cnno2010.com.br
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XXXIV JONNA - Jornada Norte-Nordeste de Anestesiologia
Data: 25 a 27 de Março/2010
Local: João Pessoa - PB
Site: http://www.saepb.com.br/jonna/
_____________________________________________________________

37º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
Data: 25 a 27 de Março/2010
Local: Belém - PA
Site: http://www.sbccv.org.br/37Congresso/
_____________________________________________________________

XX Jornada de Gastroenterologia do Rio de Janeiro
Data: 25 a 27 de Março/2010
Local: Rio de Janeiro - RJ
Site: http://www.trasso.com.br/evento_home.php?id=62
_____________________________________________________________

III Congresso Internacional de Ginecologia Oncológica
Data: 26 a 28 de Março/2010
Local: São Paulo - SP
Site: http://www.inscricaofacil.com.br/congressos/gineco09/
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II Simpósio Internacional de Neonatologia de Porto Alegre
Data: 07 a 10 de Abril/2010
Local: Porto Alegre - RS
Site: http://www.pucrs.br/hsl/simposio/
_____________________________________________________________

VIII Congresso Paulista de Clínica Médica
Data: 16 a 17 de Abril/2010
Local: São Paulo - SP
Site: http://www.clinicamedicaonline.com.br/indexcong.htm

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Vinho e chocolate são poderosos anticancerígenos, diz estudo

Fonte: Folha Online

O vinho tinto e o chocolate amargo são remédios poderosos contra o câncer, segundo estudo apresentado por especialistas em uma conferência na California (oeste dos EUA).

"Estamos classificando os alimentos segundo suas qualidades como anticancerígenos", disse William Li, titular da Fundação Angiogenesis, sediada em Massachusetts (nordeste). "O que comemos é realmente nossa quimioterapia três vezes por dia", acrescentou.

Os pesquisadores compararam alguns alimentos com medicamentos utilizados em tratamentos contra o câncer e descobriram que a soja, a salsa, as uvas escuras, morangos, framboesas e outros alimentos são tão ou mais potentes para combater um tumor do que remédios.

Consumidos juntos, esses alimentos resultaram ainda mais poderosos no combate às células cancerosas, segundo o estudo.

"Descobrimos que a mãe natureza criou uma grande quantidade de alimentos com propriedades antiangiogênicas", enfatizou Li, referindo-se à capacidade destes alimentos de reduzir a multiplicação de células malignas.

Cerveja pode ajudar a fortalecer os ossos, diz estudo

Fonte: BBC Brasil

Cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, mostraram que um "pâncreas artificial" pode ser usado para regular os níveis de açúcar no sangue de crianças que sofrem de diabetes do tipo 1.

A diabetes tipo 1 é uma doença crônica, que pode levar à morte do paciente, caracterizada por uma deficiência do pâncreas na produção de insulina, o hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue.

Em um teste, os pesquisadores descobriram que a combinação de um sensor, que mede os níveis de glicose "em tempo real", com uma espécie de bomba que fornece insulina ao paciente, pode melhorar durante a noite o controle do açúcar no sangue.

A pesquisa, publicada na revista científica Lancet, mostrou que o dispositivo diminui de forma significativa o risco de os níveis de açúcar no sangue caírem, colocando o paciente em risco de uma crise de hipoglicemia, uma grande preocupação para pacientes - crianças e adultos, com diabetes do tipo 1.

O sistema do pâncreas artificial combina um monitor contínuo da glicose com a bomba de insulina, ambos já disponíveis no mercado para venda separados, e usa um algoritmo sofisticado para calcular a quantidade necessária de insulina a ser fornecida, baseada nas leituras de nível de glicose em tempo real.

"Este é o primeiro estudo aleatório que mostra o benefício potencial do sistema do pâncreas artificial durante a noite, usando sensores e bombas já disponíveis no mercado. Nosso estudo fornece uma base para o teste do sistema em casa", afirmou o líder da pesquisa Roman Hovorka, do Instituto de de Ciência Metabólica da Universidade de Cambridge.

"Nossos resultados mostram que os dispositivos disponíveis no mercado, quando colocados juntos com o algoritmo que desenvolvemos, pode melhorar o controle de glicose em crianças e reduzir de forma significativa o risco de hipoglicemia durante a noite."

Adultos de 30 a 39 anos também serão vacinados contra a gripe suína

Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou em 25 de Fevereiro que adultos saudáveis com idade entre 30 e 39 anos também vão receber a vacina contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. A campanha de imunização começa no dia 8 de março e inclui ainda profissionais de saúde da rede de atenção básica e envolvidos na resposta à pandemia, indígenas, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos, jovens de 20 a 29 anos e pessoas com doenças crônicas (como diabetes, obesidade, asma e cardiopatias).

De acordo com a pasta, a ampliação do público-alvo a ser imunizado antes do início do próximo inverno, em junho, representa um aumento de 30 milhões de doses da vacina, totalizando 113 milhões. Para a compra das novas doses, foram destinados R$ 300 milhões, liberados por medida provisória.

“Em novembro, quando fizemos a compra da vacina, houve um aumento de oferta no mercado internacional. Sobrou vacina e pudemos ter acesso a um número de doses maior”, explicou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. “Vamos ter estoque estratégico, monitorando o que vai acontecer durante o processo para tomar outras medidas”, acrescentou.

A definição da nova faixa etária, segundo o ministério, considerou o grupo com maior número de hospitalizações e mortes, além dos que já haviam sido priorizados. A expectativa é imunizar 91 milhões de pessoas contra a doença. Parte das 113 milhões de doses será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno no país.

Confira o calendário de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde:

- Profissionais de saúde e indígenas - 8 de março a 19 de março
- Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a dois anos - 22 de março a 2 de abril
- Jovens de 20 a 29 anos - 5 de abril a 23 de abril
- Idosos (mais de 60 anos) com doenças crônicas - 24 de abril a 7 de maio
- Pessoas de 30 a 39 anos - 10 de maio a 21 de maio

Mamógrafo é pouquíssimo utilizado na Saúde Pública

Fonte: http://www.portalmedico.org.br/

A maioria dos mamógrafos em funcionamento em serviços públicos no Brasil teve baixa produtividade entre maio de 2008 e abril de 2009, aponta a Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Apenas 5% desses locais (23 em 435 unidades) atingiram o parâmetro considerado ideal pelos técnicos do tribunal: 25 mamografias por dia, ou mais. A média em todo o país foi de 9,8 exames por dia.

De acordo com o Programa Mais Saúde, o governo tinha como meta ofertar a 60% das mulheres entre 50 e 69 anos - 7 milhões de exames, aproximadamente. Entretando, a pesquisa constatou que, mesmo descontando as mulheres atendidas por planos de saúde, a produção atual deixa pelo menos 15% sem cobertura.

Entre os principais obstáculos indicados pelo TCU está a falta de funcionários para operarem os aparelhos e fazer laudos e a falta de manutenção das máquinas. Em questionários feitos em múnicipios pelo TCU, foi apontado que 15 unidades admitiam nunca ter utilizado os mamógrafos disponíveis por conta de problemas com infraestrutura.

04 março 2010

Governo anuncia mil bolsas para pesquisa em Medicina

AE - Agencia Estado

BRASÍLIA - Os ministérios da Saúde e da Educação anunciaram hoje o investimento de R$ 7 milhões em dois projetos de pesquisa e qualificação do ensino da Medicina. Ao todo, mil bolsas de estudo serão distribuídas a estudantes, professores de ensino superior e profissionais de saúde. Um dos projetos, o PET-Saúde, até agora especializado em pesquisa sobre Saúde da Família, será ampliado para fazer trabalhos também em Vigilância e Saúde.

O segundo projeto, o Apoio ao Internato Médico em Universidades Federais, vai oferecer bolsas para estudantes, professores e profissionais de saúde vinculados à supervisão do estágio feito durante a graduação.

Será dada prioridade para projetos de pesquisa apresentados pelas faculdades de Medicina das instituições federais de ensino superior que não tenham hospitais universitários próprios. O valor da bolsa será de R$ 1.045 mensais para profissionais de saúde (preceptores) e professores (tutores). Estudantes monitores receberão R$ 300.